Os contratos futuros de petróleo encerraram o pregão desta sexta-feira, 11, em alta, com o otimismo pelo encontro do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, com o vice-premiê chinês Liu He, no contexto das negociações comerciais entre os dois países. O ataque a um petroleiro do Irã, durante a madrugada, ajudou na alta, que foi, contudo, contida pelo relatório da Agência Internacional de Energia (AIE), que cortou a projeção de crescimento da demanda pela commodity em 2019 e 2020.

Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o barril do petróleo WTI para novembro subiu 2,15%, a US$ 54,70 por barril – na semana, houve alta de 3,58%. Já na Intercontinental Exchange (ICE), o barril do petróleo Brent para dezembro avançou 2,39%, a US$ 60,51, retomando o nível dos US$ 60. Na comparação semanal, o avanço foi de 3,66%.

O dia foi de apetite por risco nos mercados internacionais, o que impulsionou as cotações de commodities, como o petróleo, reagindo às boas expectativas para o encontro de Trump com Liu He.

Os líderes se reúnem após dois dias de tratativas comerciais entre autoridades dos dois países. A perspectiva é que avanços sejam anunciados a qualquer momento, já que o próprio líder da Casa Branca reconheceu, em sua conta oficial no Twitter, o avanço nas negociações.

A alta do petróleo foi ajudada pela notícia de que um navio petroleiro iraniano foi atacado por dois mísseis no Mar Vermelho, perto da costa da Arábia Saudita, o que pesa sobre as expectativas em relação à demanda.

Mas foi justamente o aspecto da demanda que conteve o fortalecimento das cotações de petróleo. Pela manhã, a AIE divulgou relatório no qual corta sua projeção para o crescimento da demanda pela commodity energética para 1 milhão de barris por dia (bpd) em 2019 e para 1,2 milhão de bpd em 2020. Esta é a quarta diminuição apresentada pela AIE nos últimos seis meses e, segundo a instituição, a queda nas expectativas em relação à demanda se deve à desaceleração da economia global.

Analistas da Oxford Economics também destacam que os protestos no Equador, país cujo presidente, Lenin Moreno, enfrenta uma crise política, levaram a interrupções na produção de petróleo.

Hoje, ainda, a Baker Hughes, companhia que presta serviços no setor petrolífero, informou que o número de poços e plataformas de petróleo em atividade nos EUA subiu 2 na última semana, a 712.