Os contratos futuros de petróleo fecharam em alta nesta quarta-feira, à medida em que investidores seguem repercutindo o corte repentino na produção da commodity pela Arábia Saudita, em decisão anunciada na terça-feira. Os preços do petróleo ainda ganharam impulso após o Departamento de Energia (DoE, na sigla em inglês) dos Estados Unidos informar queda bem maior que o projetado por analistas dos estoques da commodity no país na semana passada.

Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o contrato do WTI para fevereiro subiu 1,40%, a US$ 50,63 o barril, retomando o nível de US$ 50, que na última segunda-feira havia sido atingido pela primeira vez desde fevereiro de 2020. Na Intercontinental Exchange (ICE), o Brent para março avançou 1,31%, a US$ 54,30 o barril.

Segundo avalia o ING em relatório, os cortes voluntários na produção feitos pela Arábia Saudita na terça, assim como a decisão do restante da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (Opep+) de manter seus níveis de produção, significam que o mercado de petróleo deve continuar a reduzir os estoques ao longo do primeiro trimestre de 2021 e, como resultado, os preços da commodity devem seguir bem sustentados.

O noticiário envolvendo vacinas contra a covid-19 também ajudou o petróleo futuro, à medida em que a União Europeia aprovou o uso emergencial do imunizante da norte-americana Moderna, após recomendação do Comitê de Medicamentos de Uso Humano da Agência Europeia de Medicamentos (EMA, na sigla em inglês). A commodity energética é beneficiada com a perspectiva de vacinação a curto prazo, uma vez que a imunização ao redor do mundo deve sustentar a recuperação global.

Diante do cenário otimista, investidores apenas monitoraram a decisão da Saudi Aramco de elevar os preços do petróleo com entrega prevista para o mês que vem para Ásia e Estados Unidos.