Os contratos futuros de petróleo fecharam em forte alta nesta quarta-feira, 15, com o preço do Brent em Londres ultrapassando o nível dos US$ 75 o barril. As dinâmicas do mercado americano vêm impulsionando a cotação, uma vez que eventos climáticos extremos seguem afetando a produção no Golfo do México e o relatório do Departamento de Energia dos EUA apresentou uma queda maior do que a esperada nos estoques na última semana.

Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o WTI para outubro teve avanço de 3,05% (US$ 2,15), a US$ 72,61 o barril, enquanto na Intercontinental Exchange (ICE), o Brent fechou em alta de 2,53% (US$ 1,86), a US$ 75,46 o barril. A marca simbólica de fechamento não era atingida desde o dia 30 de julho.

“Os declínios nos estoques de petróleo bruto dos EUA, impulsionados pelo furacão, a produção deprimida e o otimismo da demanda renovada ajudaram a impulsionar os preços”, aponta o TD Securities, que ainda destaca o recuo de 6,422 milhões de barris nos estoques de petróleo na semana passada, ante previsão de queda de 2,5 milhões dos analistas. A instituição lembra um “forte contraste com as quatro semanas anteriores, quando os preços do petróleo registraram quedas logo após os dados de alta nos estoques do DoE se tornarem públicos”.

Dada a redução maior do que o esperado nas estimativas de produção global e dos EUA e a atualização das projeções de demanda por agências como a Agência Internacional de Energia (AIE), o mercado de petróleo provavelmente continuará a receber apoio para uma alta nos preços, avalia o TD Securities.

Em sua visão, os aumentos de oferta mensais planejados de 400 mil barris de petróleo ao dia pela Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (Opep+) e as liberações de reservas chinesas estão sendo totalmente descontadas pelo mercado. Por sua vez, um avanço acima dos atuais níveis do barril em Londres e Nova York é visto como pouco provável, uma vez que parte dos ganhos já está descontada, conclui. O Commerzbank vê pouco espaço para um aumento na produção por parte da Opep+, uma vez que alguns países da Opep não conseguem expandir mais suas provisões devido à capacidades limitadas.

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