Petróleo fecha em alta diante de queda dos estoques nos EUA

Os contratos futuros de petróleo encerraram o pregão desta quarta-feira, 28, em alta, reagindo à queda dos estoques da commodity energética nos Estados Unidos em níveis superiores ao esperado.

O petróleo WTI para outubro fechou com ganho de 1,55%, em US$ 55,78 o barril, na New York Mercantile Exchange (Nymex). Já o Brent para o mesmo mês subiu 1,64%, a US$ 60,49 o barril, na Intercontinental Exchange (ICE), recuperando o patamar dos US$ 60. O Brent para novembro, contrato mais líquido, teve alta de 1,52%, a US$ 59,93 o barril, na ICE.

Nesta quarta, o Departamento de Energia (DoE, na sigla em inglês) divulgou que os estoques de petróleo nos EUA caíram 10,027 milhões de barris, para 427,751 milhões de barris na semana encerrada em 24 de agosto, superando previsões de analistas consultados pelo Wall Street Journal, de queda de 2,3 milhões de barris.

A redução nos estoques maior do que a prevista fortaleceu as cotações da commodity energética, que já vinham em alta desde os primeiros minutos de pregão, reagindo ao American Petroleum Institute (API), que no fim da tarde de terça-feira já havia estimado que o DoE anunciaria queda nos estoques.

Os dados dos estoques acalmaram temores de que o mercado poderia estar muito abastecido de petróleo justamente no fim do verão, momento do ano em que a demanda dos motoristas tende a diminuir. Durante a estação quente do ano, os americanos costumam ir a cidades de praia, fortalecendo a demanda por petróleo.

O Commerzbank, em relatório divulgado a clientes, destaca que é preciso avaliar como as cotações de petróleo devem reagir nas próximas semanas. “Será interessante saber se o declínio nos estoques de petróleo bruto se deve apenas a menores importações ou também a uma forte demanda”, diz a instituição.

Para o consultor do Íon Energy Group Kyle Cooper, “esse aumento na demanda pode ser simplesmente um último pico do verão”.

“Boa disciplina na produção da Organização dos Países Produtores de Petróleo (Opep), associada à boa demanda, provavelmente apoiará o preço do petróleo”, completa o Commerzbank, referindo-se ao compromisso de cortes na produção que foi assumido pelo cartel, o que também tende a fortalecer as cotações.

Ao longo do pregão, os contratos de petróleo chegaram a reduzir ganhos após o DoE informar avanço na produção média diária do óleo, de 12,3 a 12,5 milhões de barris na última semana.

*Com informações da Dow Jones Newswires.