Os contratos futuros de petróleo fecharam com ganhos, nesta segunda-feira, 29, com o avanço nos testes de vacina para covid-19, que ajudou a conter o pessimismo em relação à velocidade da infecção nos Estados Unidos e na América Latina. Dados positivos da indústria na China e da venda de imóveis pendentes nos EUA também ajudaram a sustentar o cenário mais positivo para o retorno da demanda pela commodity.

O barril do petróleo WTI para agosto fechou em alta de 3,14%, a US$ 39,70 na New York Mercantile Exchange (Nymex). O Brent para setembro subiu 2,25%, a US$ 41,85 o barril, na Intercontinental Exchange (ICE).

Ainda na madrugada de hoje (em Brasília) os contratos de petróleo sentiam o baque da crise da segunda onda de covid-19 ameaçando a recuperação da demanda, e os preços estavam em baixa. A situação começou a virar com notícias, vindas da China, de que uma vacina contra o novo coronavírus se mostrou capaz de imunizar todas as pessoas que receberam as doses.

A dificuldade na recuperação do setor de petróleo de xisto nos EUA também tem se mostrado com capacidade de interferir nos preços da commodity. Segundo o Commerzbank, “não é provável que sejam feitos investimentos maciços no futuro próximo na perfuração de plataformas nos EUA, dadas as gigantescas montanhas de dívidas e os consideráveis riscos financeiros”, afirma.

“Uma das maiores e mais antigas empresas de petróleo e gás de xisto dos EUA entrou com pedido de insolvência no último domingo”, destaca o banco alemão, referindo-se à Chesapeake Energy.

O Julius Baer acredita que o mercado de petróleo tenha passado no teste de estresse. “À medida que a equação de risco versus recompensa melhora, acreditamos em posição positiva longa nos contratos futuros próximos. Dito isso, as oscilações de preços devem durar nas próximas semanas, mas mantemos nossa visão de recuperação dos preços no longo prazo”.