Os contratos futuros de petróleo fecharam com ganhos nesta sexta-feira. A commodity recuou durante boa parte do pregão, de olho nos sinais das negociações comerciais entre Estados Unidos e China, mas ganhou fôlego nas horas finais do dia.

O contrato do WTI para dezembro fechou em alta de 0,16%, a US$ 57,24 o barril, na New York Mercantile Exchange (Nymex), e o Brent para janeiro subiu 0,35%, a US$ 62,51 o barril, na Intercontinental Exchange (ICE). Na comparação semanal, o contrato do WTI subiu 1,85% e o Brent avançou 1,33%.

No início do dia, o petróleo operou em baixa, diante de novas dúvidas sobre a possibilidade de conclusão da “fase 1” do acordo comercial entre americanos e chineses, em meio a declarações conflitantes de algumas autoridades. No fim da manhã, as quedas se acentuaram, com os dois contratos chegando a recuar mais de 2%, após o presidente americano, Donald Trump, dizer que não havia concordado em reverter tarifas sobre produtos da China, o que pode dificultar uma solução bilateral.

Nas horas seguintes, porém, o petróleo passou a diminuir perdas e ainda inverteu o sinal, mesmo em um quadro de dólar forte ante outras moedas principais. Entre as notícias do setor, a Baker Hughes informou nesta tarde que o número de poços e plataformas de petróleo em atividade nos EUA recuou 7 na semana, a 684. Esse número atingiu a mínima desde 21 de abril de 2017, já que preços relativamente baixos do óleo continuam a forçar produtores a reduzir suas atividades.

O Commerzbank afirma que não há sinais de euforia no mercado de petróleo, diante das idas e vindas nas negociações entre as duas potências. Mesmo com um acordo preliminar, o ímpeto para a demanda não será suficiente para evitar um excesso de oferta no próximo ano, o que fará com a que Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) tenha que cortar mais a oferta, na opinião do banco. Por outro lado, o Commerzbank também destaca que a China continua como um importante pilar para o mercado de petróleo e cita que o país importou patamar recorde do óleo em outubro, segundo dados de autoridades alfandegárias. / Com informações da Dow Jones Newswires

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