Os contratos futuros de petróleo fecharam em alta nesta terça-feira, 12, com investidores avaliando, sob nova perspectiva, a notícia de ontem de que a Arábia Saudita fará mais cortes em sua produção, após encerrar a guerra de preços com a Rússia. Outros países exportadores de petróleo, como Emirados Árabes e Kuwait, também anunciaram reduções, o que ajuda a aliviar a pressão pela falta de demanda, enquanto um relatório dos EUA também apoiou o óleo.
O petróleo WTI para julho fechou em elevação de 4,98%, a US$ 26,33 o barril, na New York Mercantile Exchange (Nymex), e o Brent para o mesmo mês subiu 1,18%, a US$ 29,98 o barril, na Intercontinental Exchange (ICE).
Os contratos operavam em alta já na madrugada de hoje, ganhando impulso à medida que os investidores assimilavam na notícia de que a Arábia Saudita fará um esforço adicional de cortar sua produção em 1 milhão de barris por dia em junho.
A Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (Opep+) também informou que pretende manter os cortes na produção de petróleo para além de junho, quando vence o acordo atual de redução 9,7 milhões de barris por dia (bpd). Em relatório de hoje, o Danske Bank informou que os Emirados Árabes e o Kuwait anunciaram que também fariam reduções na produção.
Analista do Commerzbank, Eugen Weinberg avalia que os preços foram recentemente impulsionados “não apenas pelas esperanças de que a demanda retorne em breve”, mas também por enormes cortes na produção, “voluntários ou involuntários”.
“A produção está caindo drasticamente nos EUA, e alguns produtores relutam em vender adiante”, comenta o economista.
Durante a tarde (horário de Brasília), os contratos futuros de petróleo ganharam mais impulso com o relatório do Departamento de Energia (DoE, na sigla em inglês) dos Estados Unidos projetando queda na demanda global, mas também na produção dos EUA e com expectativa mais alta para os preços do petróleo.