Os contratos futuros de petróleo encerraram o pregão desta segunda-feira, 23, em alta, após um dia de oscilação entre os campos positivo e negativo, com investidores de olho nos cortes na produção de países da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e de aliados (Opep+) e avaliando a possibilidade de retomada plena da produção por parte da Saudi Aramco, após os ataques às suas instalações.

O petróleo WTI para novembro fechou em alta de 0,94%, a US$ 58,64 o barril, na New York Mercantile Exchange (Nymex). Já o petróleo Brent para o mesmo mês subiu 0,76%, a US$ 64,77 o barril, na Intercontinental Exchange (ICE).

Investidores monitoram diferentes aspectos do noticiário e suas possíveis influências no mercado de petróleo. Por um lado, a agência de notícias Interfax divulgou que a Rússia planeja reduzir sua produção de petróleo em setembro, de modo a cumprir o acordo firmado junto à Opep.

Por outro lado, os contratos futuros de petróleo foram pressionados após a Reuters informar que a Arábia Saudita pretende restaurar por completo, até o começo da próxima semana, a produção da commodity energética, afetada desde 14 de setembro, quando drones atacaram as instalações da Saudi Aramco.

Ajudou na perda de fôlego do petróleo a divulgação de indicadores europeus, como o índice de gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês) da zona do euro e da Alemanha, que recuaram além do esperado por analistas. Os números pressionam o petróleo na medida em que sua demanda pode ser reduzida, em um contexto de desaceleração da economia global.

Pelo lado da oferta, a Capital Economics reduziu suas estimativas globais de oferecimento de petróleo em 2020, considerando a menor produção na Arábia Saudita e nos Estados Unidos. No próximo ano, a consultoria espera produção de 101,7 milhões de barris por dia (bdp), ante 102,1 milhões de bdp, anteriormente.

Os contratos futuros de petróleo podem ser apoiados, nos próximos dias, pela notícia de que os EUA enviaram tropas para auxiliar a Arábia Saudita em sua proteção contra as forças iranianas, a quem os americanos atribuem a responsabilidade pelos ataques à Saudi Aramco.