O petróleo fechou em alta nesta sexta-feira, 6, com a decisão da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (Opep+) de aprofundar os cortes atuais na produção da commodity em 500 mil barris por dia. Os preços encerraram a semana com a maior cotação em onze semanas, também beneficiado por um dia de maior otimismo sobre as chances de um acordo comercial preliminar entre Estados Unidos e China, que pode apoiar a demanda.

O petróleo WTI para janeiro fechou em alta de 1,27%, a US$ 59,20 o barril, na New York Mercantile Exchange (Nymex). Na comparação semanal houve forte elevação de 7,30%. O Brent para fevereiro subiu 1,58%, a US$ 64,39 o barril, na Intercontinental Exchange (ICE). Na comparação semanal a elevação foi de 6,44%.

Após reunião em Viena, na Áustria, os países que integram a Opep+ chegaram a um novo acordo e decidiram aumentar o atual corte de 1,2 milhão de bpd para 1,7 milhão de bpd.

O novo pacto fica vigente até março de 2020 – há reunião prevista agora para 6 de março da Opep+. Além do acordo, haverá um corte voluntário da Arábia Saudita, que deve elevar o total do corte na produção a 2,1 milhões de bpd. A Opep disse que outros países podem fazer também reduções voluntárias.

O ministro da Energia saudita, príncipe Abdulaziz bin Salman, afirmou na manhã de hoje que o cartel está “observando” diversos acontecimentos no cenário global para avaliar o mercado de petróleo, como o crescimento mundial e tensões comerciais.

Questionado novas mudanças futuras, o representante da Arábia Saudita disse que os líderes deixaram em aberto o desfecho de sua próxima reunião. “Precisamos deixar aberto”, argumentou.

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Para o especialista Peter Cardillo, da Spartan Capital, é necessário um certo ceticismo quanto à possibilidade de a Opep conseguir cortes mais profundos porque “é difícil prever quem entre os membros vai enganar e quem não vai sobre o cumprimento dos cortes”. Mesmo assim, segundo avaliação de Cardillo, “a medida da Opep deve ajudar a secar os suprimentos globais e tirar o WTI de seu intervalo de meses, de US$ 51,50 a US$ 58 e para um intervalo maior de aproximadamente US$55 a US$ 62 por barril”, avalia.

*Com informações da Dow Jones Newswires.


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