O petróleo fechou o pregão desta quarta-feira, 11, em alta, apoiado pelo apetite por risco nos mercados internacionais, após resultados promissores em testes de vacinas para a covid-19, e pela perspectiva de redução da oferta nos Estados Unidos. No entanto, a alta do dólar e a revisão para baixo da estimativa da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) para a demanda global da commodity em 2020 reduziram os ganhos.

Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o petróleo WTI para dezembro subiu 0,22%, a US$ 41,45 o barril. Na Intercontinental Exchange (ICE), o Brent para janeiro avançou 0,44%, a US$ 43,80 o barril.

“Os preços do petróleo ainda estão subindo, independentemente do ambiente fundamental negativo”, comenta o chefe de Pesquisa em Commodities do Commerzbank, Eugen Weinberg. Nesta quarta, a commodity energética foi impulsionada pelo ambiente quase generalizado de apetite por risco no mercado.

O otimismo dos investidores é reflexo de avanços em potenciais vacinas contra o coronavírus. A Pfizer e a BioNTech confirmaram nesta quarta um acordo para fornecer até 300 milhões de doses de vacina à União Europeia. Segundo dados divulgados na segunda-feira, 9, o imunizante desenvolvido pelas duas farmacêuticas apresentou eficácia de 90%,

A Rússia, por sua vez, anunciou que sua vacina experimental para o coronavírus, conhecida como Sputnik V, produziu resultados similares, com 92% de eficácia.

Os preços do petróleo também foram apoiados por uma perspectiva de oferta menor nos Estados Unidos. Na terça, o American Petroleum Institute (API) estimou que os estoques da commodity em solo americano tenham recuado 5,1 milhões de barris na semana encerrada em 6 de novembro.

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Os dados oficiais dos estoques, divulgados pelo Departamento de Energia dos EUA (DoE, na sigla em inglês), só saem nesta quinta-feira, 12. Weinberg, do Commerzbank, porém, destaca que na semana anterior as estimativas do API foram confirmadas pelo Doe.

Além disso, de acordo com a Reuters, o ministro da Energia da Argélia, Abdelmadjid Attar, disse nesta quarta que a Opep+ poderia estender o atual acordo de cortes de produção, que expira no final de dezembro, para 2021.

Os ganhos nos preços do petróleo, contudo, foram limitados pela valorização do dólar e pela piora na previsão da Opep para a demanda global da commodity neste ano: o cartel prevê agora um recuo de 9,8 milhões de barris por dia, 300 mil a mais do que a estimativa anterior.


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