Os contratos futuros de petróleo subiram, nesta quinta-feira, 29. A commodity foi apoiada por um quadro de maior apetite por risco em geral nos mercados internacionais, bem como pelo câmbio, com o enfraquecimento do dólar.

O petróleo WTI para setembro fechou em alta de 1,70% (US$ 1,23), em US$ 73,62 o barril, na New York Mercantile Exchange (Nymex), e o Brent para outubro avançou 1,67% (US$ 1,23), a US$ 75,10 o barril, na Intercontinental Exchange (ICE).

No câmbio, o dólar recuava ante outras moedas principais, o que torna o petróleo mais barato para os detentores dessas outras divisas e tende a apoiar a demanda. Além disso, havia um apetite por risco em geral nos mercados, após o Federal Reserve (Fed, o banco central americano) reafirmar ontem a postura de apoio à atividade da política monetária. O quadro prosseguiu após a divulgação nesta manhã do Produto Interno Bruto (PIB) do segundo trimestre dos EUA, que veio abaixo da expectativa dos analistas.

A demanda por petróleo nos EUA pode ainda ser apoiada por projetos de infraestrutura, caso estes se materializem. Ontem, foi anunciado acordo bipartidário sobre um pacote de gastos nessa área, que agora tramitará no Congresso.

A Capital Economics afirma que ralis recentes nos preços de commodities, entre elas o petróleo, estão perto de seus picos ou estes já fazem parte do passado. A consultoria antecipa em relatório que, no caso do petróleo, o terceiro trimestre deve se positivo para os preços, mas depois disso eles devem perder força, mais para o fim do ano, conforme a Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (Opep+) continue a elevar gradualmente sua produção e o crescimento na demanda desacelere.