Os contratos futuros de petróleo fecharam com ganhos, nesta sexta-feira, 4, com investidores em geral propensos a assumir riscos, diante do maior otimismo com a chance de novos estímulos fiscais nos Estados Unidos. Além disso, o acordo revisado da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (Opep+), anunciado ontem, continuava a ser avaliado.

O petróleo WTI para janeiro fechou em alta de 1,36%, em US$ 46,26 o barril, na New York Mercantile Exchange (Nymex), e o Brent para fevereiro avançou 1,11%, a US$ 49,25 o barril, na Intercontinental Exchange (ICE). Na comparação semanal, o contrato do WTI subiu 1,60%.

A presidente da Câmara dos Representantes, Nancy Pelosi, voltou a mostrar otimismo sobre as negociações por mais estímulos, durante entrevista coletiva, enquanto o governo do presidente Donald Trump também sinalizou apoio a medidas para apoiar o quadro, diante dos impactos ainda duros da covid-19, que continua com números elevados de casos e mortes nos EUA.

No próprio setor, ontem a Opep+ anunciou alta de 500 mil barris por dia (bpd) em sua produção a partir de janeiro. O Credit Suisse lembrou em relatório que a estimativa anterior do próprio grupo era de um avanço bem maior da produção nesse período. Além disso, o banco notou que a Opep+ mostrou estar disposta a ser mais flexível, com reuniões mensais para ajustar a produção a depender dos rumos do mercado.

Para a consultoria Wood Mackenzie, a decisão mostrou um compromisso para evitar nova “guerra dos preços”, como ocorreu em março e abril. A consultoria diz que, com o acordo, o Brent deve ter um piso de US$ 40 o barril e ficar em média “pelo menos em US$ 45 em média” no próximo mês.