Os contratos futuros de petróleo fecharam em alta nesta quinta-feira, 16, com investidores digerindo o detalhamento do acordo comercial “fase 1” entre a China e os Estados Unidos, assinado ontem. O ganho também foi influenciado pelo relatório mensal divulgado pela Agência Internacional de Energia. Indicadores econômicos dos Estados Unidos, especialmente vendas no varejo e índice de atividade regional do Federal Reserve (Fed, o banco central americano) da Filadélfia, também ajudaram.

Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o contrato do WTI para fevereiro subiu 1,23%, a US$ 58,52. Na Intercontinental Exchange (ICE), o Brent para março avançou 0,97%, a US$ 64,62 o barril.

Os contratos do petróleo iniciaram a quinta-feira ensaiando uma recuperação das perdas no dia anterior, com investidores pesando prós e contras em relação ao acordo preliminar sino-americano. O Commerzbank destaca como ponto positivo a compra chinesa de mais petróleo dos EUA.

“Como parte do acordo da ‘fase 1’, a China se comprometeu a importar combustíveis fósseis adicionais – principalmente petróleo bruto – no valor de mais de US$ 52 bilhões dos EUA, nos próximos dois anos. Aos preços de hoje, isso constituiria uma demanda adicional de mais de 1,1 milhão de barris por dia”, destaca relatório do banco alemão enviado a clientes.

O ING destaca o relatório mensal do mercado de petróleo divulgado pela Agência Internacional de Energia, apontando queda na produção de petróleo da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) como um importante driver para os preços do petróleo hoje. “A redução foi impulsionada em grande parte pela Arábia Saudita”, destaca o relatório do banco. “O Reino continua demonstrando seu compromisso com o acordo de corte de produção firmado pela Opep”, conclui.

Também esteve no radar dos investidores hoje o aumento das vendas no varejo dos EUA em novembro de 2019, assim como a alta no índice de atividade regional do Fed Filadélfia. Os indicadores ajudaram a sustentar o bom humor dos mercados.