O petróleo fechou em alta nesta terça-feira, 10, com o WTI chegando ao nível intraday mais alto desde meados de setembro. O preço da commodity oscilou ao longo do dia com as notícias sobre as tensões comerciais entre Estados Unidos e China, e ainda sob efeito do recente aprofundamento do corte na produção pela Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (Opep+), confirmado na semana passada.

No câmbio, o dólar mais fraco colaborou para apoiar os contratos hoje, enquanto analistas acreditam que os preços em dezembro devem ficar altos sob efeito do pacto.

O petróleo WTI para janeiro fechou em alta de 0,22%, a US$ 59,24 o barril, na New York Mercantile Exchange (Nymex), e o Brent para fevereiro subiu 0,14%, a US$ 64,34 o barril, na Intercontinental Exchange (ICE).

Na manhã desta , a Dow Jones Newswires informou, citando fontes, que negociadores americanos e chineses estudam a possibilidade de adiar a elevação da tarifa imposta pelos EUA sobre US$ 156 bilhões em produtos da China, de 10% para 15%. O aumento do porcentual está previsto para entrar em vigor em 15 de dezembro.

Mais tarde, o diretor do Conselho Econômico Nacional dos Estados Unidos, Larry Kudlow, afirmou que as tarifas programadas “ainda estão sobre a mesa”. Ele disse que não havia uma “decisão definitiva” sobre o assunto, mas que retirar algumas tarifas “faz parte da discussão” da “fase 1” do acordo comercial negociado.

No início da tarde, o Departamento de Energia (DoE, na sigla em inglês) reduziu suas previsões para a produção de petróleo nos EUA para este ano e o próximo, de acordo com o relatório de curto prazo, o que tende a apoiar os contratos.

A produção de petróleo ficará em 12,25 milhões de barris por dia, queda de 0,3% em relação à previsão de novembro. Para 2020, a produção deve ficar em 13,18 milhões de barris por dia, um recuo de 0,9% ante a projeção anterior.

Segundo relatório do ING, “cortes mais profundos anunciados pela Opep+ em dezembro devem fazer um bom trabalho no apoio aos preços do petróleo em torno dos níveis atuais, no primeiro trimestre de 2020”, mas a instituição acredita que o grupo precisará tomar mais medidas para enfrentar o superávit no segundo trimestre. O DoE, em seu relatório de hoje, previu preços médios de US$ 55,01 e US$ 60,51 o barril para o WTI e o Brent, respectivamente, em 2020, uma alta de 0,7% ante a projeção de novembro.