O petróleo fechou em alta nesta quarta-feira, 6, impulsionado após o relatório semanal do Departamento de Energia (DoE, na sigla em inglês) mostrar alta abaixo do esperado nos estoques da commodity nos Estados Unidos. No radar também continuam as sanções americanas à Venezuela.

Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o petróleo WTI para entrega em março fechou em alta de 0,65%, cotado a US$ 54,01 por barril. Já na Intercontinental Exchange (ICE), o barril do Brent para abril avançou 1,15%, para US$ 62,69.

O volume estocado de petróleo bruto nos EUA apresentou alta de 1,263 milhão de barris na semana passada, avanço menor do que a previsão de alta de 1,4 milhão de barris, informou o DoE. Além disso, os estoques de gasolina também mostraram alta menos acentuada do que o esperado, enquanto os de destilados recuaram acima da expectativa.

Continuam no radar de investidores, ainda, as sanções americanas à petrolífera estatal venezuelana PdVSA, como forma de pressionar o governo de Nicolás Maduro e apoiar o autoproclamado presidente interino da Venezuela, Juan Guaidó.

A agência de classificação de risco Fitch aponta que as sanções impostas pelos EUA à petrolífera estatal venezuelana PdVSA vão acentuar, no curto prazo, a crise econômica do país. “A produção do óleo provavelmente cairá mais e mais rapidamente, afetando a produção econômica, exportações e receitas do governo”, aponta a agência.

“As sanções dos EUA contra o setor petrolífero venezuelano deverão causar uma queda nas exportações de petróleo no futuro próximo”, avaliam analistas do Commerzbank. Ao contrário da questão do Irã, eles acrescentam, “por causa do caráter extraterritorial das sanções americanas, outros países também ficarão relutantes em comprar petróleo” do país latino-americano.

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O banco alemão aponta também que as exportações venezuelanas de petróleo totalizaram cerca de 1 milhão de barris por dia (bpd) recentemente, dos quais aproximadamente metade vai para os EUA. “Pelo menos esse valor provavelmente será perdido”, destaca.

Ao mesmo tempo, se a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) não puder compensar essa interrupção, “o mercado de petróleo poderá ficar rapidamente subutilizado, elevando o preço”.


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