As cotações do petróleo fecharam em alta nesta quarta-feira (25), impulsionadas por uma queda maior que a esperada nas reservas petrolíferas nos Estados Unidos e por uma demanda sustentada da gasolina no país, informaram analistas.
O preço do barril de tipo Brent, de referência na Europa e para entrega em agosto, subiu 0,80%, para 67,68 dólares.
Seu equivalente no mercado americano, o barril de tipo West Texas Intermediate (WTI) com vencimento também em agosto, subiu 0,85%, para 64,92 dólares.
“É evidente que o relatório da Agência de Informação sobre Energia americana [EIA, na sigla em inglês] sobre as reservas foi bem recebido pelo mercado […] porque provocou uma alta” nos preços, comentou à AFP Robert Yawger, da empresa Mizuho USA.
As reservas comerciais de petróleo nos Estados Unidos caíram mais que o esperado pela quinta semana consecutiva, informou a EIA nesta quarta-feira.
As reservas diminuíram em 5,8 milhões de barris, enquanto analistas previam uma redução de aproximadamente 1,1 milhão de barris (mb), segundo o consenso estabelecido pela agência Bloomberg.
O relatório da EIA também mostra “um bom número para a demanda de gasolina para esta época do ano”, ressaltou Yawger.
“O mercado estava em busca de qualquer motivo para se recuperar”, relativizou Yawger.
No começo da semana, os preços da commodity despencaram após os bombardeios dos Estados Unidos contra instalações nucleares iranianas, enquanto o mercado parecia descartar a hipótese de Teerã bloquear o Estreito de Ormuz, por onde passa 20% da produção de petróleo mundial.
O barril de tipo Brent perdeu mais de 16% de seu valor entre a abertura dos mercados na segunda-feira e o fechamento na terça, e chegou a níveis anteriores ao começo do conflito entre Israel e Irã, em 13 de junho.
Esta quarta também é o segundo dia de um frágil cessar-fogo entre os dois países.
O presidente americano Donald Trump afirma que a trégua “está funcionando muito bem”, mas nem “todo mundo está 100% convencido de que será mantida”, acrescentou Yawger.
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