Petróleo fecha em alta após falas de Trump sobre guerra na Ucrânia

Após operar em números vermelhos durante a maior parte da jornada, o preço do petróleo finalmente fechou em alta nesta quinta-feira (28), impulsionado pelos comentários do presidente americano, Donald Trump, sobre os últimos desdobramentos da guerra na Ucrânia.

O preço do barril de petróleo Brent do Mar do Norte para entrega em outubro subiu 0,84%, a 68,62 dólares.

Seu equivalente americano, o West Texas Intermediate para entrega no mesmo mês, aumentou 0,70%, a 64,60 dólares.

Mais uma vez, “a situação é instável entre Kiev, Moscou e Washington” e, como resultado, o mercado de petróleo está oscilando, declarou à AFP Stephen Schork, do The Schork Group.

A Casa Branca disse nesta quinta-feira que Trump não está satisfeito, mas tampouco surpreso, com os últimos ataques russos contra Kiev, que causaram a morte de pelo menos 19 pessoas, incluindo quatro crianças, declarou sua porta-voz, Karoline Leavitt.

Para o mandatário, “talvez ambas as partes não estejam preparadas para pôr fim a este conflito por conta própria”, acrescentou Leavitt após esse bombardeio noturno, um dos maiores da Rússia desde a invasão da Ucrânia em fevereiro de 2022.

“A Rússia lançou este ataque contra Kiev e, da mesma maneira, a Ucrânia atacou refinarias russas”, continuou Leavitt, contrastando os dois lados beligerantes.

Trump tem mantido uma intensa atividade diplomática em prol da paz na Ucrânia, primeiro reunindo-se com seu contraparte russo, Vladimir Putin, no Alasca, e pouco depois recebendo o presidente ucraniano, Volodimir Zelensky, e líderes europeus na Casa Branca.

“Realmente não se materializou nada nessas reuniões’, enfatizou Schork.

Embora a Casa Branca pudesse decidir endurecer suas sanções ao petróleo russo, como ameaça regularmente, para o analista não está claro se isso faria subir os preços do petróleo.

Por outro lado, os operadores temem que nos próximos meses a oferta mundial supere a demanda, com um consumo em queda, de um lado, e um aumento da produção da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e seus aliados (Opep+) do outro.

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