Os contratos futuros de petróleo fecharam com ganhos nesta terça-feira. A commodity foi beneficiada pela queda do dólar, o que tende a deixar os contratos do óleo mais barato para os detentores de outras divisas. Com isso, o cenário foi positivo mesmo em meio a dúvidas sobre a retomada na demanda, diante de novas ondas da covid-19 e de restrições para conter o quadro, por exemplo na Alemanha.

O petróleo WTI para fevereiro fechou em alta de 1,84%, em US$ 53,21 o barril, na New York Mercantile Exchange (Nymex), e o Brent para março avançou 1,65%, a US$ 56,58 o barril, na Intercontinental Exchange (ICE).

A Capital Economics destaca em relatório que o petróleo tem sido apoiado pela fraqueza do dólar. A consultoria diz também que ainda influencia o fato de que a Arábia Saudita anunciou corte voluntário em sua produção, fato visto nesse mercado como sinal importante para equilibrar a oferta e a demanda.

Para a Capital, os preços devem ganhar força ao longo deste ano: ela projeta que o barril do Brent chegue ao fim de 2021 em US$ 60, diante da gradual retirada de medidas de lockdown e do estímulo à atividade em geral e a viagens, por exemplo.

O ING, por sua vez, destaca que ainda há incertezas importantes na perspectiva deste ano, diante da covid-19, mas acredita que os cortes da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (Opep+) devem ajudar o apoiar os preços ao longo de 2021. O ING diz que o Brent deve ficar em média em US$ 55 o barril neste ano, chegando ao final dele em “cerca de US$ 60”.

O banco adverte, contudo, que essa previsão depende de uma vacina que permita a continuação da retomada na demanda, bem como que a Opep+ mantenha seu acordo para conter a oferta em todo o ano atual.

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