Os contratos futuros de petróleo fecharam em alta nesta quinta-feira, com os preços do barril ultrapassando os US$ 70, em dia no qual o mercado observou sinais da demanda nos Estados Unidos e as movimentações do país com o Irã, que podem elevar a oferta global da commodity. Além disso, a sessão contou com a publicação do relatório mensal da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep).

O petróleo WTI para julho fechou em alta de 0,47% (avanço de US$ 0,33), em US$ 70,29 o barril, na New York Mercantile Exchange (Nymex), e o Brent para agosto avançou 0,42% (alta de US$ 0,30), em US$ 72,52 o barril, na Intercontinental Exchange (ICE).

“O mercado parece convencido de que tanto o Brent quanto o WTI merecem ser negociados acima de US$ 70 dólares sob a atual trajetória da demanda”, avalia a Rystad Energy.

A manutenção desses níveis “mostra que a paciência prevalece contra a virada dos estoques de gasolina da semana passada” nos EUA, segundo a consultoria.

Os contratos chegaram a operar em baixa, ainda observando o aumento, que levou os estoques à máxima em três meses no país, mas a tendência se inverteu durante a sessão.

Tendo em vista a procura, a Rystad Energy aponta que o auge da temporada de verão nos EUA geralmente chega em agosto, então ainda há tempo para a recuperação “sustentada da demanda e o subsequente aumento das operações de refinaria para atender ao consumo do usuário final de produtos como gasolina, diesel e combustível para a aviação”.

Nesta quinta, a Opep elevou a sua previsão para a oferta global da commodity energética em 2021. Segundo a Capital Economics, a projeção deve se confirmar e, por consequência, limitar os ganhos do óleo a partir de julho.

O mercado também observou nesta quinta que, enquanto negociam indiretamente uma possível volta ao acordo nuclear com o Irã, os EUA retiraram as sanções contra três indivíduos ligados ao setor de petróleo no país persa. No entanto, a Reuters publicou que um funcionário do Departamento do Tesouro afirmou que a suspensão de sanções é uma ação de rotina e não tem nada a ver com as conversas pela possível retomada do acordo nuclear com o Irã.

A Rystad Energy citou a retomada de parte da produção na Líbia após o vazamento em um oleoduto, mas, indicou que mesmo que o incidente, que afetou o maior campo do país, El Sharara, tenha sido resolvido rapidamente, ele ainda destaca as rachaduras no setor de petróleo do país.