Os contratos futuros de petróleo encerraram a sessão desta quarta-feira, 23, em baixa diante de relatos de que a União Europeia tenta contornar as sanções americanas contra o Irã. Além disso, os investidores estão à espera de dados de estoques dos Estados Unidos, onde analistas esperam novo avanço do volume estocado de gasolina e de destilados.

Na Intercontinental Exchange (ICE), o barril do Brent para entrega em março fechou em queda de 0,59%, para US$ 61,14 por barril. Já na New York Mercantile Exchange (Nymex), o petróleo WTI para o mesmo mês recuou 0,74%, para US$ 52,62 por barril.

Os preços do petróleo caíram acentuadamente no início da tarde desta quarta-feira diante de uma informação da Reuters que a União Europeia deve lançar um mecanismo que facilitariam o comércio com o Irã, contornando as sanções americanas impostas contra Teerã. O lançamento do mecanismo permitirá que a UE “contorne” as sanções, mas “isso poderia ser compensado por relatos de que o governo Trump está dizendo às empresas de energia que elas devem se preparar para sanções contra a Venezuela”, disse o analista sênior de mercados da Price Futures, Phil Flynn.

O governo Trump “poderia impor penalidades ao petróleo venezuelano já esta semana se a situação política de lá se deteriorar ainda mais”, de acordo com fontes. Durante a tarde, o oposicionista Juan Guaidó se autointitulou presidente encarregado da Venezuela e sua liderança foi reconhecida por diversos países, como EUA, Brasil, Colômbia, Argentina e Canadá. Para Flynn, esse movimento permite que os EUA imponham sanções a países que fazem negócios com Nicolás Maduro.

Os agentes também estão à espera de dados de estoques dos EUA. De acordo com economistas ouvidos pelo Wall Street Journal, o volume estocado de petróleo deve apresentar queda de 600 mil barris na semana, mas os estoques de gasolina devem subir 2,7 milhões de barris, enquanto os de destilados, alta de 300 mil barris. Fonte: Dow Jones Newswires.