Petróleo cai, enfraquecido por falta de sanções à Rússia

As cotações do petróleo voltaram a cair nesta terça-feira (15), influenciadas pela ausência de novas sanções dos Estados Unidos contra o petróleo russo e o temor de um excesso de oferta.

O preço do barril de tipo Brent, negociado em Londres para entrega em setembro, caiu 0,72%, para 68,71 dólares. Seu equivalente no mercado americano, o barril de tipo West Texas Intermediate (WTI), com vencimento em agosto, recuou 0,69%, para 66,52 dólares.

O presidente americano, Donald Trump, advertiu nesta segunda-feira que vai “aplicar tarifas secundárias”, ou seja, contra os aliados de Moscou. “Se não tivermos um acordo em 50 dias, é muito simples, [as tarifas] serão de 100% e é isso”, acrescentou o dirigente.

Os preços do petróleo estão “sob pressão” porque este período de 50 dias “oferece a oportunidade de negociar um cessar-fogo e voltar para uma situação melhor que a atual”, declarou à AFP Robert Yawger, da Mizuho USA.

A titular da diplomacia europeia, Kaja Kallas, admitiu nesta terça que não há acordo sobre um 18º “pacote” de sanções contra a Rússia, incluído um novo limite ao preço do petróleo russo.

Ao mesmo tempo, a política comercial de Trump continua exercendo influência sobre os preços dos hidrocarbonetos. Ainda não há um acordo com a China, o principal importador mundial de petróleo, e tarifas elevadas contra Pequim “implicariam certa destruição da demanda”, aponta Yawger.

Por sua vez, a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) manteve suas previsões de crescimento mundial da commodity em 2025 e 2026, apesar das incertezas associadas à entrada em vigor das tarifas americanas em 1º de agosto, segundo seu último relatório publicado nesta terça.

A Opep estima que a demanda de petróleo deve aumentar em 1,3 milhões de barris diários (mb/d) tanto em 2025 quanto em 2026, até alcançar um total de 105,1 mb/d e 106,4 mb/d, respectivamente, em cada um desses anos.

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