O petróleo fechou em queda nesta terça-feira, com temores de excesso de oferta em 2020, após informações de que a Rússia não deve aprofundar os cortes em sua produção da commodity energética. Permanecem no radar, também, as negociações comerciais entre Estados Unidos e China.

O contrato WTI para janeiro, que agora é o contrato mais líquido, fechou em queda de 3,13%, em US$ 55,35 o barril, na New York Mercantile Exchange (Nymex), e o Brent para janeiro recuou 2,45%, a US$ 60,91 o barril, na Intercontinental Exchange (ICE).

Os contratos futuros do petróleo, que já recuavam com incertezas comerciais, aceleraram a queda no meio da manhã, quando a Reuters informou que a Rússia não deve aprofundar cortes em sua oferta da commodity. Segundo três fontes ouvidas pela agência, os russos poderão se comprometer em estender as atuais restrições, em apoio à Arábia Saudita.

A Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) e aliados, grupo conhecido como Opep+, se reunirá no dia 5 de dezembro em Viena para discutir cortes na produção.

Relatório da Fitch Ratings afirma que a perspectiva para o setor de gás e petróleo na Europa, Oriente Médio e África é “estável”, devido ao fato de que o cenário macro e o desempenho financeiro das companhias do setor permanecem “amplamente em linha”. Segundo a agência de classificação de risco, no entanto, os preços da commodity permanecerão voláteis em 2020.

A guerra comercial sino-americana também segue no foco dos investidores. Nesta terça, o presidente americano, Donald Trump, disse estar “muito feliz” com as negociações, mas ameaçou impor tarifas maiores à China caso um acordo bilateral não seja alcançado. Já a Bloomberg noticiou que Pequim e Washington usarão um acordo que era negociado em maio, mas que não chegou a ser fechado, como base para decidir a magnitude do alívio tarifário que fará parte do pacto comercial em andamento.

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