Os contratos futuros de petróleo recuaram nesta quinta-feira, 9, dando prosseguimento às perdas de quarta, em meio a indicações de que a demanda pela commodity pode diminuir à medida que a indústria da China reduz velocidade.
Na Intercontinental Exchange (ICE), em Londres, o barril do Brent para outubro recuou para US$ 72,02 (-0,29%). Já na bolsa mercantil de Nova York (Nymex), o barril do WTI para setembro caiu para US$ 66,81 (-0,19%).
Apesar dos indicadores de preços da economia chinesa divulgados nesta quinta terem apresentado avanço levemente acima das projeções, analistas acreditam que os números ainda não refletem as tarifas mais altas impostas diante da disputa comercial entre Washington e Pequim.
O Escritório Nacional de Estatísticas da potência asiática informou que o índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) avançou 2,1% em julho, na comparação anual, acima da previsão de 2,0%, enquanto o índice de preços ao produtor (PPI, na sigla em inglês) cresceu 4,6% no último mês, também na comparação anual, acima dos 4,4% previstos por analistas.
Soma-se a isso o resultado da balança comercial chinesa, divulgado na quarta pela Administração Geral de Alfândega do país, que indicou um recuo no superávit, que passou de US$ 28,9 bilhões em junho para US$ 28,09 bilhões em julho.
Analistas da Capital Economics apostam que o preço da commodity deve se manter em queda no segundo semestre deste ano, “à medida que a produção da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) se recupere e a demanda comece a cair”.
Investidores também continuam atentos às movimentações do Irã, depois que o ministro do Petróleo do país, Bijan Zanganeh, enviou uma carta na quarta ao ministro da Energia dos Emirados Árabes, Suhail Mohamed Al Mazrouei, também presidente da Conferência da Opep, cobrando o cumprimento do acordo para ajustar a produção da commodity, e após o ministro de Relações Exteriores do país persa, Mohammad Javad Zarif, ter indicado que as exportações do óleo vão se manter mesmo após as sanções impostas pelos EUA.