Os contratos futuros de petróleo fecharam em queda nesta quarta-feira, 15, dia em que foi assinado o acordo comercial “fase 1” entre Estados Unidos e China. O mercado reagiu com cautela a notícias, que anteciparam na noite anterior, a não redução das atuais tarifas impostas a produtos da China pelos americanos. Durante a cerimônia para assinatura do pacto, hoje, em Washington, o presidente dos EUA, Donald Trump, disse que a manutenção das tarifas atuais são uma forma de manter as negociações para a “fase 2” do pacto.

Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o contrato do WTI para fevereiro caiu 0,72%, A US$ 57,81 o barril. Já na Intercontinental Exchange (ICE), o Brent para março recuou 0,76%, a US$ 64,00 o barril.

Um dos principais pontos aguardados pelo mercado em relação a primeira fase do acordo comercial sino-americano, que era a redução de taxas à produtos chineses, não se confirmou, mexendo com o humor dos investidores. Em discurso, Trump disse que as tarifas só serão retiradas após a “fase 2”. O Secretário do Tesouro dos EUA, Steven Mnuchin, já havia antecipado a decisão na noite anterior.

“Os mercados de petróleo estavam mais fracos no início da manhã, com relatos da mídia de que os EUA não reduzirão as tarifas existentes sobre produtos chineses até depois das eleições em novembro”, avaliou o ING, em relatório enviado à clientes.

“Dado o tempo que levou para concluir a “fase 1”, é difícil imaginar que a “fase 2″ aconteça tão cedo”, acrescenta o banco.

Os contratos futuros de petróleo aceleraram queda após divulgação do relatório semanal de estoques em solo americano do Departamento de Energia (DoE, na sigla em inglês). Os resultados mostraram elevação dos estoques de gasolina (+ 6,678 milhões de barris) e destilados (8,171 milhões de barris), bem acima do projetado.