Os contratos futuros do petróleo fecharam em queda nesta segunda-feira, 16, com perdas entre 9% e 11%, em meio à aversão a risco generalizada no exterior com o avanço da pandemia de coronavírus. Medidas anunciadas pelo Federal Reserve (Fed, banco central norte-americano), em coordenação com outros bancos centrais, não foram capazes de acalmar o mercado. Além disso, o petróleo é pressionado pelo anúncio da Saudi Aramco, petrolífera da Arábia Saudita, de que ampliará a capacidade máxima de produção da commodity.

Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o contrato WTI para abril caiu 9,55%, a US$ 28,70 o barril. Já na Intercontinental Exchange (ICE), o petróleo Brent para maio recuou 11,23%, a US$ 30,05 o barril.

“O corte na taxa de juros do Fed não teve nenhum impacto no mercado de petróleo”, comenta o analista de energia Carsten Fritsch, do Commerzbank. “A resposta dos preços é compreensível, uma vez que taxas mais baixas e novos programas de compras de títulos não farão nada para combater a atual fraqueza da demanda por petróleo”, acrescenta Fritsch.

Na visão do banco holandês ING, as perspectivas para os mercados financeiros “continuam cada vez mais sombrias, com mais países entrando em quarentena no final de semana e mais restrições de viagens”.

“Quanto mais os países ‘congelarem’ a vida pública, fecharem suas fronteiras e cancelarem voos, maior será o impacto na demanda de petróleo”, ressalta Fritsch, do Commerzbank.

Além disso, os contratos de petróleo foram pressionados hoje também pelo anúncio da Saudi Aramco de que recebeu uma diretriz do ministério de Energia da Arábia Saudita para ampliar sua capacidade máxima de produção da commodity energética, de 12 milhões de barris por dia (bpd) para 13 milhões de bpd.

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