Os preços do petróleo subiram, nesta terça-feira (2), a um máximo desde o final de outubro, em meio a preocupações com o fornecimento.

O ataque atribuído a Israel contra o consulado do Irã na Síria, que deixou pelo menos 13 mortos, levanta temores de uma resposta iraniana.

Assim, o barril de Brent do Mar do Norte para entrega em junho aumentou 1,71%, para 88,92 dólares, depois de quase atingir os 90 dólares.

O West Texas Intermediate (WTI) para maio, por sua vez, ganhou 1,72% e foi a 85,15 dólares.

“Até agora, o mercado de alguma forma havia ignorado os riscos geopolíticos, mas agora realmente está prestando atenção”, disse Bill O’Grady, da Confluence Investment, após o ataque na Síria.

Entre os mortos pelo bombardeio da seção consular de Teerã em Damasco na segunda-feira, estão o oficial iraniano de mais alto escalão na Síria, Mohamad Reza Zahedi, e seis membros da Guarda Revolucionária da República Islâmica.

A alta do petróleo está em consonância com o aumento das commodities, especialmente do ouro, um ativo seguro para o qual os investidores recorrem em momentos de tensão e que atingiu um novo recorde nesta terça-feira.

“O que está impulsionando o preço do petróleo”, ressalta Bjarne Schieldrop, analista da Seb, “é um mercado tenso devido ao fraco crescimento da produção americana de petróleo de xisto e a firmeza da Opep+” em relação aos seus cortes de produção.

Para esse analista, tais fatores poderiam levar a “uma queda nos estoques” e, portanto, sustentam os preços do ouro negro.

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