Os futuros de petróleo operam em alta nesta manhã, sustentados por dados positivos de importação da commodity pela China e pela continuidade de incêndios no Canadá, que comprometem a produção local.
O petróleo mantém a tendência positiva desde a madrugada, apesar de incertezas criadas pela demissão do ministro de petróleo da Arábia Saudita, Ali al-Naimi, que ocupava o cargo há mais de duas décadas.
No fim de semana, a China divulgou aumento anual de 7,6% nas importações de petróleo em abril, a 32,58 milhões de toneladas, ou 7,96 milhões de barris por dia. O gigante asiático é o segundo maior consumidor mundial da commodity, depois dos EUA.
Além disso, incêndios iniciados na semana passada na província canadense de Alberta continuam afetando a região produtora de petróleo, retirando pelo menos 645 mil barris por dia do mercado, segundo cálculos feitos com base em anúncios públicos feitos por petrolíferas com operações locais. O número pode chegar a 1 milhão de barris por dia, uma vez que duas grandes empresas ainda não especificaram o quanto sua produção foi atingida.
Em relação à Arábia Saudita, havia expectativa de mudanças em postos-chave do governo, mas o momento da nomeação do presidente da estatal Saudi Aramco, Khalid al-Falih, para o lugar de Al-Naimi no Ministério do Petróleo pegou os mercados de surpresa. A substituição foi anunciada no sábado.
Analistas estão divididos quanto ao impacto de longo prazo da mudança nos preços do petróleo, mas as incertezas e o debate ajudam a sustentar as cotações nos negócios da manhã.
Às 8h48 (de Brasília), o WTI para junho negociado na New York Mercantile Exchange (Nymex) subia 0,94%, a US$ 45,08 por barril, enquanto o Brent para julho avançava 0,53% na IntercontinentalExchange (ICE), a US$ 45,61 por barril. Fonte: Dow Jones Newswires.