Os contratos futuros de petróleo encerraram o pregão desta terça-feira, 4, em alta, em linha com o rali visto em outros ativos considerados arriscados, como ações e commodities, diante da possibilidade de cortes das taxas de juros pelo Federal Reserve (Fed, o banco central americano). Além disso, os agentes continuaram a monitorar a possibilidade de extensão dos cortes na oferta de óleo bruto pela Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep).

Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o contrato do petróleo WTI para entrega em julho fechou em alta de 0,43%, para US$ 53,48 por barril. Já na Intercontinental Exchange (ICE), o barril do Brent para agosto subiu 1,13%, para US$ 61,97.

Juntamente com outros ativos de risco, os preços do petróleo foram apoiados nesta terça-feira diante de sinais de que o Fed pode cortar as taxas de juros este ano diante de preocupações mais profundas com a economia global devido a indicadores mais fracos do que o esperado e renovadas tensões comerciais em âmbito mundial. Na segunda-feira, a IHS Markit revelou que o setor manufatureiro da Alemanha, da zona do euro, do Japão e do Reino Unido está em fase de contração, enquanto o da China e o dos Estados Unidos perdeu fôlego em maio.

Enquanto isso, Washington e Pequim aumentaram, recentemente, as tarifas sobre produtos importados um do outro, enquanto os EUA também firmam negociações com autoridades mexicanas para impedir que barreiras americanas sejam aplicadas a produtos do país vizinho. Nesta terça, tanto a China quanto o México se mostraram otimistas quanto à chance de um acordo com os americanos.

Preocupações com a alta oferta de petróleo bruto também empurraram os preços da commodity para baixo nas últimas semanas, apesar dos contínuos cortes de produção da Opep. Na avaliação de alguns analistas, o recente sell-off poderia levar o grupo a estender os cortes no fim deste mês.

“Embora não acreditemos que o mercado precise ampliar as reduções de oferta, acreditamos que, dada a pressão recente, a Opep+ será forçada a estender os cortes para a segunda metade deste ano”, escreveu o chefe de commodities do banco holandês ING, Warren Patterson, em nota a clientes. Fonte: Dow Jones Newswires.

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