Rezam as lendas corporativas, que a melhor maneira de se tornar milionário é ser um bilionário e investir em uma companhia aérea. Dizem, também, que o melhor negócio do mundo é uma empresa de petróleo bem administrada, e o segundo melhor, uma empresa de petróleo mal administrada.

No caso da Petrobras, estatal brasileira mais disputada que cerveja gelada nas areias de Copacabana em domingo de verão, a conhecida máxima – que não é lenda – fez outra vítima, Jean Paul Prates: quer manchar uma carreira de sucesso e ser demitido com requintes de humilhação? Aceite a Presidência da companhia.

Ah, aquele macacão laranja

É histórica a foto de Dilma Rousseff, vestida com o tradicional uniforme dos petroleiros, ao lado de Lula, tendo às costas, estampadas em óleo, as mãos do presidente. O escândalo do Petrolão – o maior caso de corrupção da história do ocidente democrático – tornou infame aquela cena que nos assombra até hoje.

Sob as gestões petistas passadas (2002 a 2016), a Petrobras esteve à beira da falência, tornando-se a empresa estatal mais endividada do planeta. Aliás, os feitos da dupla do Partido dos Trabalhadores são sempre recordistas, haja vista a maior recessão da história do Brasil, durante o triênio 2014 – 2016 da estoquista de vento.

O futuro repetindo o passado

Cazuza cantava: “eu vejo o futuro repetir o passado, eu vejo um museu de grandes novidades”. Poderia ser o hino da petroleira brasuca sob gestão do PT, pois Lula 3, ao que parece, persegue com afinco a catástrofe anterior, querendo não apenas interferir na gestão da companhia, mas utilizá-la, outra vez, como “indutora” da economia.

O presidente e parte de seus ministros desejam iniciar investimentos bilionários (em dólares) para lá de duvidosos – em todos os sentidos, aliás. Prates era contrário a alguns duvidosos. Atenção: eu disse alguns! Daí, juntando discórdias sobre fatos menores (dividendos, preço da gasolina, lucro etc.), a casa do moço caiu.

Nova presida

Magda Chambriard, de 66 anos, foi escolhida por Lula a nova presidente da empresa. Diretora-geral da ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis) durante a gestão Dilma, já era funcionária de carreira há décadas, e agora terá a obrigação, ops!, missão de agradar o novo chefe e seus “desenvolvimentistas”.

Se tudo sair como planejado pelo chefão do PT e sua turma, duas coisas são certas: a Petrobras irá amargar prejuízos hecatômbicos e Magda Chambriard terá de publicar seu novo currículo no Linkedin. Perto do macacão laranja da “petobrais”, Tutancâmon e sua maldição eram conto de fadas.