A Petrobras divulgou comunicado interno aos empregados no qual detalha os motivos e como vai parar as fábricas produtoras de fertilizantes, as Fafens, instaladas em Sergipe e na Bahia. “As unidades apresentaram prejuízo operacional em 2017 e o cenário indica resultados negativos para os próximos 12 anos. A decisão de hibernar as fábricas de fertilizantes fez com que fosse necessária uma avaliação do valor recuperável das duas plantas”, informou a direção da empresa.

Aos funcionários, disse ainda que o plano de interrupção das atividades será divulgado em abril. “Até a divulgação, nada muda em relação à operação dos ativos. O início da hibernação de ambas unidades deve ocorrer até o final do primeiro semestre de 2018.” Segundo a diretoria, a processo de hibernação consiste na parada progressiva de produção das unidades industriais, com a adoção de ações de conservação dos equipamentos e de prevenção de impactos ambientais.

Nas próximas semanas, a empresa conversará com clientes, fornecedores, representantes dos empregados, das comunidades e do poder público local sobre a hibernação, com o objetivo de mitigar os impactos, traz o texto. “A venda é uma alternativa que está em avaliação. Por isso, será mantida a integridade das instalações, de forma a possibilitar a retomada das operações por um eventual comprador”, afirmou.

A empresa ainda argumenta que sua carteira de investimentos tem passado por constantes análises com o objetivo de identificar quais ativos combinam os melhores retornos com os menores riscos. “Identificou-se que o segmento de fertilizantes possuía historicamente retornos abaixo do esperado.”

A Petrobras vai oferecer aos empregados lotados na Fafen-SE e Fafen-BA oportunidades de movimentação interna “que conciliem perfis e perspectivas pessoais com a estratégia da empresa”. A transferência seguirá o cronograma de hibernação, levando em consideração também a necessidade de atendimento ao mercado.

Sobre as baixas contábeis relativas às duas fábricas registradas na demonstração de 2017, a empresa disse aos empregados que “a hibernação de qualquer ativo da companhia em função das perspectivas de resultados futuros desses ativos tende a gerar impactos em suas demonstrações financeiras”.