A Petrobras negou que vá paralisar a produção da sua segunda maior refinaria, a Landulpho Alves – Mataripe (RLAM), como informou o Sindicato dos Petroleiros da Bahia (Sindipetro-BA). A estatal não soube dizer, no entanto, se haveria parada em algum outro dia ou se procede a informação dada pelo sindicato, de que a produção da unidade caiu pela metade nos últimos dois anos.
“A Petrobras está constantemente avaliando a utilização dos seus ativos com o objetivo de maximizar seus resultados. Por ora, não há decisão sobre eventual parada na Refinaria Landulpho Alves (RLAM)”, limitou-se a responder a Petrobras em nota no início desta noite.
Mais cedo, o diretor do Sindipetro-BA Ivo Saraiva disse ao Broadcast, serviço de notícias em tempo real do Grupo Estado, que a categoria vai se reunir em assembleia no dia 20 para avaliar a situação da unidade. Ele disse que não há mais local na unidade para estocar óleo diesel, cuja venda pela Petrobras teria caído em função do aumento das importações, após a estatal passar a vender o produto ao mesmo preço do mercado internacional. Saraiva informou que atualmente a produção da RLAM é a metade da sua capacidade de 323 mil barris diários, ou cerca de 160 mil barris diários de derivados. Segundo ele, por questões de segurança, se chegar ao mínimo de 145 mil barris diários a unidade precisa ser desligada.
Uma fonte da Petrobras informou ao Broadcast que o sindicalista deve ter tido acesso a um relatório preliminar sobre o assunto, mas que até o momento não houve decisão sobre a parada de produção da RLAM. O diretor de refino e gás natural da empresa, Jorge Celestino Ramos, se encontra em férias e preferiu não comentar o assunto.