O presidente colombiano, Gustavo Petro, anunciou nesta quarta-feira (12) que o ex-senador Antonio Sanguino assumirá o cargo de ministro do Trabalho, em sua primeira decisão ministerial após a crise provocada por uma reunião pública polêmica que expôs as divisões dentro do governo.
No domingo, Petro pediu a seus principais funcionários que colocassem seus cargos à disposição, em meio a um turbilhão político provocado por uma transmissão ao vivo de um conselho de ministros em 4 de fevereiro, que revelou confrontos furiosos entre Petro e seus auxiliares mais próximos.
“Antonio (Sanguino) está assumindo a responsabilidade de implementar a reforma previdenciária e de levar adiante, para a dignidade dos trabalhadores colombianos, a reforma trabalhista”, disse Petro no X ao revelar a decisão.
Sanguino, renomado professor universitário e colunista, foi vereador de Bogotá (2008-2017) e senador pelo partido centrista Alianza Verde (2018-2022).
Ele substitui Gloria Inés Ramírez, que, após o pedido de Petro, anunciou sua “renúncia irrevogável”, juntamente com outras autoridades importantes da administração de esquerda, como a ministra do meio ambiente, Susana Muhamad.
Ramírez foi responsável por levar à aprovação uma reforma previdenciária que, entre outras coisas, aumenta os subsídios mensais para os idosos mais pobres e obriga os colombianos a cotizar os primeiros 2,3 salários mínimos em um fundo público.