Petro diz que jornalistas colombianas estavam em barco com ajuda para Gaza atacado por drones

Duas jornalistas colombianas estavam a bordo do barco com ajuda humanitária que foi atacado nesta sexta-feira (2) na altura de Malta, no Mar Mediterrâneo, quando seguia rumo à Faixa de Gaza, informou o presidente Gustavo Petro, que tachou a ação como conduta de “nazistas”.

Ativistas da Flotilha da Liberdade, um movimento de solidariedade aos palestinos, suspeitam que Israel é responsável pelo ataque à sua embarcação, que não deixou feridos.

O Exército israelense não confirmou nem desmentiu essas acusações.

Alejandra Cuéllar e Diana Carolina Alfonso, jornalistas da publicação Red, viajavam na frota “bombardeada ontem por drones aparentemente de Israel”, informou na rede X o presidente de esquerda, que rompeu relações com o governo de Benjamin Netanyahu em 2024 por causa do conflito.

“O ataque à solidariedade humana é de Nazistas”, acrescentou em sua mensagem.

O presidente colombiano é um aliado da causa palestina que classificou de “genocídio” a incursão militar israelense na Faixa de Gaza.

Petro ordenou a seu serviço diplomático ativar mecanismos de “máxima atenção e ajuda” para ambas as repórteres vinculadas ao portal do Canal Red, dirigido pelo político espanhol Pablo Iglesias.

A chancelaria colombiana assegurou em comunicado nesta sexta-feira que “as compatriotas retornarão ao país nos próximos dias”.

Desde 2 de março, Israel impôs um bloqueio total à entrada de ajuda humanitária em Gaza.

A guerra foi desencadeada pelo ataque do movimento islamista palestino Hamas no sul de Israel em 7 de outubro de 2023, que resultou na morte de 1.218 pessoas do lado israelense, civis em sua maioria, segundo um balanço de AFP baseado em dados oficiais.

Em resposta, Israel lançou uma campanha militar na Faixa que ceifou a vida de pelo menos 52.418 pessoas, civis em sua maioria, segundo números do Ministério da Saúde de Gaza, território governado pelo Hamas, que a ONU considera confiáveis.

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