O ministro Sergio Moro (Justiça e Segurança Pública) postou em sua página no Twitter, nesta quarta-feira, 24, que “pessoas com antecedentes criminais” são a “fonte de confiança daqueles que divulgaram as supostas mensagens obtidas por crime”.

Moro não citou nomes em sua mensagem. Ao apontar para “pessoas com antecedentes criminais”, o ministro se refere ao grupo aprisionado pela Polícia Federal na Operação Spoofing, deflagrada nesta terça-feira, 23.

Foram presos quatro investigados por suspeita de hackear o aplicativo Telegram do celular de Moro e também de juízes e delegados da PF. Um deles, Walter Delgatti Neto, o ‘Vermelho’, que reside em Araraquara, interior paulista, acumula processos por estelionato, falsificação de documentos e furto.

“Pessoas com antecedentes criminais, a fonte de confiança daqueles que divulgaram as supostas mensagens obtidas por crime”, escreveu o ex-juiz da Lava Jato.

Desde o início de junho, Moro é alvo da divulgação de diálogos a ele atribuídos com o procurador Deltan Dallagnol, coordenador da força-tarefa da Operação Lava Jato no Paraná.

Ele enalteceu o trabalho dos investigadores e a decisão do juiz Wallisney Oliveira, da 10.ª Vara Federal de Brasília, que decretou a prisão temporária dos suspeitos, o bloqueio de bens e a quebra do sigilo bancário de todos.

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“Parabenizo a Polícia Federal pela investigação do grupo de hackers, assim como o Ministério Público Federal e a Justiça Federal”, ressaltou Moro.

O ministro também fez uma conta, baseado na decisão de Wallisney. “Leio, na decisão do juiz, a referência a 5.616 ligações efetuadas pelo grupo com o mesmo modus operandi e suspeitas, portanto, de serem hackeamentos. Meu terminal só recebeu três. Preocupante.”


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