Rosana Herrman resolveu compartilhar com seus seguidores no Twitter algumas experiências trágicas que teve ao lado de Clodovil Hernandes, que morreu em 2009. Entre elas, estão: assédio, preconceito e vício. A apresentadora decidiu se pronunciar após ver vários comentários comparando Jean Wyllys a Clodovil, com direito a inúmeros elogios ao estilista. Diante disso, resolveu mostrar um pouco do que viveu ao lado dele.

“Clodovil brigava e gritava com toda produção, fazia gente chorar. Queria convidados como Maria Bethânia, que a produção não conseguia porque Bethânia não queria dar entrevista pra ele. Mas ninguém dizia pra não magoá-lo. Então, ele chamava as produtoras de incompetentes, que não sabiam produzir, que deviam passar um mês mandando flores para ela diariamente”, escreveu.

Esse episódio aconteceu em 1989, quando a apresentadora havia sido contratada para ser redatora do programa de Clodovil na Band. Nesse mesmo período, Rosana ainda afirma ter visto uma situação de assédio que “acabou” com ela.

“Vi algo que acabou comigo. Clodovil, com seu bom gosto, mandou fazer uniformes especiais para a equipe técnica. Ele cismou com um cara e ficava cantando o cara no estúdio, na frente de todo mundo. O cara, quietão, na dele, respeitava e não falava nada”, disse. “Mas o assédio foi aumentando. E o cara disse ‘não’ para o apresentador. Que fez o quê? Pediu a cabeça do câmera, que foi demitido. Casado, com três filhos. Perdeu o emprego porque disse ‘não’ para os assédios do apresentador”, completou.

Rosana ainda disse que não conseguia conviver com o estilista e, por isso, pediu demissão. Porém, em 1999, acabou tendo que trabalhar com ele novamente, na extinta Rede Mulher. Na época, a emissora chegou a ter que tomar uma atitude em relação ao salário de Clodovil, que estava tudo com vício em jogo.

“Ganhava muito. Mas ele torrava todo o salário no bingo. O dono da emissora sabia que ele era viciado em bingo e às vezes pegava parte do salário e pagava os funcionários da casa do Clodovil para eles não passarem fome. Porque Clodovil torrava tudo e não pagava ninguém”, afirmou.

Por fim, Rosana Herrman chega a fazer alguns elogios ao ex-companheiro de trabalho, mas cita o fato dele ser uma pessoa cruel. “Talentoso. Divertido. Mas uma das pessoas mais CRUEIS que ja conheci. Não só com funcionários, colegas, mas até com pessoas que ele ‘ mentia ‘ que amava”, finalizou.