Os prefeitos de Belo Horizonte, Porto Alegre e São Paulo lideraram a rodada mais recente de pesquisas de intenção de voto pela prefeitura dessas capitais. Desde que a manutenção de um mandatário no cargo foi permitida, nas eleições de 2000, as cidades têm históricos diferentes.

Entre o grupo das capitais mais populosas do país, o prefeito de Fortaleza, José Sarto (PDT), não avançou ao segundo turno, enquanto Eduardo Paes (PSD) foi reeleito sem precisar de uma nova votação no Rio de Janeiro.

+2º turno: disputa mais acirrada está em SP e maior vantagem em João Pessoa

Os cenários

Belo Horizonte: em pesquisa Quaest divulgada na quarta-feira, 16, o prefeito Fuad Noman (PSD) registrou 46% das intenções de voto, contra 37% de Bruno Engler (PSD), liderando acima da margem de erro do levantamento, de três pontos percentuais. No cenário espontâneo, em que os entrevistados não têm acesso à lista de candidatos, são 33% a 28% a favor do incumbente.

Porto Alegre: na Paraná Pesquisas de terça, 15, Sebastião Melo (MDB) teve 56,8% a favor de sua permanência no cargo, contra 33,6% de Maria do Rosário (PT). Na espontânea, são 45,9% a 26,2%, com vantagem do atual prefeito. A margem de erro é de 3,7 pontos porcentuais para mais ou para menos.

São Paulo: no levantamento da Quaest, também divulgado na quarta, o prefeito Ricardo Nunes (MDB) teve 45% das intenções de voto, ante 33% de Guilherme Boulos (PSOL). No cenário espontâneo, foram 38% para o emedebista, e 28% a favor do psolista. A margem de erro é de três pontos percentuais, para mais ou para menos.

O histórico

Os cenários projetados pelos institutos de pesquisa refletem uma tendência histórica nas capitais gaúcha e mineira.  Desde 2000, foram reeleitos em Belo Horizonte todos os incumbentes: Célio de Castro (PSB), naquele pleito, seu ex-vice Fernando Pimentel (PT), em 2004, Márcio Lacerda (PSB), em 2012, e Alexandre Kalil (PSD), em 2020.

Fuad era vice de Kalil e assumiu o cargo em março de 2022, quando o mandatário renunciou para ser candidato ao governo do estado — foi derrotado por Romeu Zema (Novo).

Fuad Noman (PSD) era vice de Alexandre Kalil, reeleito em primeiro turno em 2020 | PSD
Fuad Noman (PSD), à direita, era vice de Alexandre Kalil, em foco, que foi reeleito no primeiro turno de 2020 | PSD

Já em Porto Alegre, depois dos petistas Raul Pont e João Verle não pleitearem permanecer no posto, em 2000 e 2004, José Fogaça (PMDB) foi reeleito em 2008, e José Fortunati (PDT), em 2012. Apenas Nelson Marchezan Jr. (PSDB) não foi reeleito, em 2020, sendo derrotado justamente pelo atual mandatário.

Em São Paulo, o histórico é dividido. Impopular, Celso Pitta (PPB) não disputou a reeleição em 2000 e, desde então, os dois petistas que ocuparam o Edifício Matarazzo — Marta Suplicy e Fernando Haddad — não conquistaram a reeleição, em 2004 e 2012.

Por outro lado, Gilberto Kassab (Dem) e Bruno Covas (PSDB) foram reconduzidos ao cargo em 2008 e 2020, depois de herdarem a cadeira dos titulares tucanos José Serra e João Doria. Ricardo Nunes, que assumiu a prefeitura em maio de 2021 depois da morte de Covas, busca repetir o feito em 27 de outubro, data do segundo turno.