Pesquisadores descobrem recife de corais no sul da Itália

NÁPOLES, 13 OUT (ANSA) – Pesquisadores descobriram um grande recife de corais no Golfo de Nápoles, no sul da Itália, situado a cerca de 500 metros de profundidade.   

Com mais de dois metros de largura e ocupando uma parede vertical de mais de 80 metros, a barreira foi encontrada pelo navio Gaia Blu, do Conselho Nacional de Pesquisa (CNR), durante uma expedição organizada pelo Instituto de Ciências Marinhas de Bolonha.   

Pouquíssimas zonas do Mediterrâneo abrigam estruturas semelhantes, como destaca Giorgio Castellan, chefe de missão da campanha científica. “É um achado excepcional para os mares italianos, e sua descoberta representa uma peça fundamental para compreender o papel ecológico dos habitats de corais de profundidade e sua distribuição, sobretudo com o objetivo de ações de proteção e recuperação”, explica.   

O imponente recife foi explorado graças a um veículo submarino movido por controle remoto, que revelou uma comunidade única em riqueza e biodiversidade. Segundo os pesquisadores, predominam os “corais brancos”, assim chamados pela falta de cor, pertencentes às espécies “Desmophyllum pertusum” e “Madrepora oculata”, mas também há corais negros, corais solitários, esponjas e outras espécies, além de traços fósseis de ostras e corais antigos.   

A estrutura localiza-se no chamado ‘Canyon Dohrn’, um enorme cânion submarino que atinge cerca de 1,3 mil metros de profundidade, situado a 12 milhas náuticas (22 quilômetros) da costa de Nápoles.   

“A exploração desta porção desconhecida do Canyon Dohrn nos devolve a imagem de um ecossistema marinho profundo e de extraordinário interesse científico e valor naturalístico”, afirma Frine Cardone, da Estação Zoológica Anton Dohrn, que também participou do estudo. (ANSA).