Com baladas fechadas, bares funcionando em horário de matinê e muita gente, corretamente, saindo de casa só para o indispensável, o jogo da conquista fica muito mais truncado durante a pandemia.

Para driblar o tédio e tentar dar um fim na solidão, muitas pessoas buscam aplicativos de paquera.

Um deles é o Inner Circle, que frequentemente realiza pesquisas com os usuários para mapear seu comportamento e preferências. 

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A mais recente pesquisa da plataforma foi feita com mulheres e mostrou muito sobre quais características elas julgam importantes na hora de escolher um pretendente.

O ranking começa com caráter, escolhido por 94,8% das mulheres, seguido da inteligência (73,7%) e bondade (72%).

O ranking também inclui senso de humor (63,1%), compatibilidade (61,6%), aparência (42,7%) e originalidade (11,5%).

Usuária do aplicativo, Sílvia V., de 46 anos, seguir o que sua avó dizia é a melhor tática para escolher um crush nesses momentos. “Repito as palavras da minha avó, o homem tem que ser: trabalhador, honesto e sem vícios”, diz. Por ter três filhos, Silvia evita pretendentes que não tenham nenhum.

“Eles podem querer filhos, e eu já tenho todos que eu quero. Algumas pessoas também não entendem as prioridades e responsabilidades de quem tem filho”, completa.

Exigente, ela acha que a gramática é um divisor de águas em decidir quem vai para a lista dos crushes ou não.

“Erros de português, que atualmente são menos comuns por conta dos corretores ortográficos, já quebram o clima. Já os erros de concordância continuam denotando a cultura ou a sua falta”, arremata Silvia. 

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Já para Rebeca*, de 37 anos, a conversa é essencial para dizer se a paquera vai para frente.

“Gosto que o match seja educado, gentil, simpático, saiba ouvir, se mostre interessado e seja bom de papo, mesmo que a gente ainda não tenha tido o primeiro contato pessoalmente”, explica. 

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O que é um “X” de cara para Rebeca é quando o boy “vive no passado”. “Se ele ficar querendo saber muito de ex ou de antigos relacionamentos, querendo saber mais detalhes sobre os filhos de uma forma invasiva, já quebra o clima”, afirma ela, que tem um filho de 1 ano.

“Sinto que algumas pessoas ainda têm preconceito e medo que a mulher esteja procurando um novo pai para os filhos”, completa.

As duas acreditam que a pandemia teve um efeito muito forte na forma de se relacionar.

“Temos menos opções para sair e nesta hora os aplicativos se mostraram uma ótima opção para interagir”, declara Rebeca. “Com a pandemia, conhecer pessoas on-line se tornou uma necessidade. É a única forma de conhecer pessoas novas”, adiciona Silvia.