De crianças a idosos, mais de um bilhão de pessoas sofrem com a obesidade em todo o mundo, segundo um estudo publicado na revista “The Lancet”.

A pesquisa, conduzida pela NCD Risk Factor Collaboration (NCD-RisC), em colaboração com a Organização Mundial da Saúde (OMS), reuniu informações de 3,6 mil estudos com 222 milhões de participantes em 200 países. Os dados são ainda mais preocupantes entre crianças e adolescentes, com taxas de obesidade tendo aumentado quatro vezes ao longo dos últimos 30 anos. Para os adultos, a taxa mais do que dobrou, com 43% acima do peso em 2022.

De acordo com o relatório, 159 milhões de crianças e adolescentes e 879 milhões de adultos viviam com obesidade em 2022, totalizando mais de 1 bilhão de afetados. Em 1990, esses números eram 31 milhões e 195 milhões, respectivamente.

Entre 1990 e 2022, as taxas de obesidade subiram de 1,7% para 6,9% entre as meninas e de 2,1% para 9,3% entre meninos. Nos adultos, o aumento foi de 8,8% para 18,5% entre mulheres e 4,8% para 14% entre homens.

No Brasil, a taxa geral aumentou de 11,9% em 1990 para 32,6% em 2022, deixando o país em 54º lugar na classificação de obesidade em crianças e adolescentes, 70º lugar na classificação de obesidade em mulheres e 65º na classificação de obesidade em homens.