Uma pesquisa da PNAD (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios) Contínua, divulgada pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) nesta sexta-feira, 19, revela o impacto direto do trabalho infantil na frequência escolar de adolescentes no Brasil. Os dados mostram que, à medida que a idade avança, o comprometimento dos estudos se torna mais acentuado entre os jovens que trabalham.
+ Tarcísio e Bolsonaro são os nomes mais competitivos contra Lula em um segundo turno
De acordo com o levantamento, nota-se a quase universalização da frequência escolar no grupo etário de 5 a 13 anos, em qualquer situação. No entanto, a disparidade na frequência escolar fica mais evidente na faixa de 16 e 17 anos. Enquanto 90,5% dos adolescentes dessa idade frequentavam a escola em 2024, o percentual cai para 81,8% entre aqueles que estavam em situação de trabalho infantil.
Ao todo, o Brasil tinha 1,65 milhão de crianças e adolescentes entre 5 e 17 anos em situação de trabalho infantil em 2024. O número representa um aumento de 34 mil pessoas (2,1%) em comparação com 2023. Apesar da alta recente, a série histórica, iniciada em 2016, ainda registra uma queda de 21,4%.
Segundo a definição da OIT (Organização Internacional do Trabalho), o trabalho infantil é toda atividade que é perigosa e prejudicial à saúde e ao desenvolvimento mental, físico, social ou moral das crianças, além de ser uma barreira para a sua escolarização.