Coluna: Guilherme Amado, do PlatôBR

Carioca, Amado passou por várias publicações, como Correio Braziliense, O Globo, Veja, Época, Extra e Metrópoles. Em 2022, ele publicou o livro “Sem máscara — o governo Bolsonaro e a aposta pelo caos” (Companhia das Letras).

Pesquisa aponta que abrigos da prefeitura de São Paulo acolhem mal mulheres vítimas

Pesquisa de mestrando da USP apontou que gestão de Ricardo Nunes não implementa políticas públicas eficazes para apoio a mulheres vítimas

Pesquisa aponta que abrigos da prefeitura de São Paulo acolhem mal mulheres vítimas

Uma pesquisa apresentada na Faculdade de Saúde Pública da USP apontou falhas graves no atendimento dos abrigos públicos do município de São Paulo a mulheres vítimas de violência de gênero. Em entrevistas ao longo de 2022, mulheres atendidas nos Centros de Acolhida para Mulheres em Situação de Violência relataram uma série de condições inadequadas, com pouco acolhimento por equipes despreparadas e um sistema assistencial desatualizado, com atendimento superficial e sem o suporte psicológico necessário.

O estudo analisou o acolhimento de dez mães, que revelaram a falta de apoio para cuidar de seus filhos e a imposição de regras rígidas e punitivas. A duração de seis meses do acolhimento, segundo a pesquisa, é insuficiente para vítimas que carregam traumas de décadas de abuso.

A pesquisa critica a falta de integração entre os serviços públicos, como apoio psicológico contínuo e programas de capacitação profissional, fundamentais para reintegrar as vítimas à sociedade. A pesquisa aponta ainda que muitas mulheres retornam para os seus agressores após o acolhimento, devido à falta de alternativas.

A pesquisa é resultado da dissertação de mestrado do psicólogo Ricardo Estevam, sob orientação de Elisabeth Meloni Vieira, professora do Departamento de Saúde e Sociedade da USP.

A coluna procurou a Secretaria Municipal de Assistência e Desenvolvimento Social – Centro de Acolhida Especial (CAE), mas não houve retorno.

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