Após golear a Bolívia por 5 a 1 em Belém, pela primeira rodada das Eliminatórias da Copa do Mundo de 2026, o Brasil retorna a campo nesta terça-feira para encarar o Peru, em Lima. O jogo começa na terça e acaba na quarta, pelo horário de Brasília. Para o torcedor brasileiro, o horário é incômodo: a segunda partida de Fernando Diniz no comando da seleção está marcada para começar as 23h (de Brasília) e terminará, pelo menos, à 1h da madrugada de quarta-feira, tirando horas de sono do torcedor brasileiro.

Não é a primeira vez que a seleção joga na madrugada. Na Copa do Mundo de 2002, em que conquistou o pentacampeonato mundial, os comandados de Luiz Felipe Scolari atuaram em horários pouco convidativos para o País graças ao fuso horário da Coreia do Sul e do Japão. No entanto, este cenário é incomum em partidas que ocorrem na América do Sul.

Este “problema” se deve a dois fatores: o fuso horário peruano e a transmissão local. Lima está a cinco horas do Meridiano de Greenwich, enquanto Brasília está a três. Com isso, há uma diferença de fuso de duas horas entre os vizinhos sul-americanos – por mais que os dois países façam fronteira. No horário local, a partida começará às 21h.

O segundo fator se deve à transmissão local. Assim como a Globo, que detém os direitos de transmissão das Eliminatórias no Brasil, a TV peruana optou que a partida fosse realizada no horário nobre do país anfitrião. Isto não é incomum para os peruanos. Nas Eliminatórias para o Mundial de 2022, a seleção sul-americana jogou neste mesmo horário em outras três oportunidades: contra Colômbia (0 x 3), Bolívia (3 x 0) e Equador (1 a 1).

A partida desta terça-feira tem transmissão do SporTV (TV fechada) e Globo (TV aberta). Será o primeiro jogo de Neymar após o atacante superar a marca de Pelé e chegar a 79 gols com a seleção brasileira – tornando-se o maior artilheiro da história da equipe na contagem da Fifa. As Eliminatórias da Conmebol dão vaga à Copa do Mundo de 2026, que será sediada, de forma conjunta, por Canadá, Estados Unidos e México. Será a primeira edição do Mundial com a participação de 48 seleções.