Assim como em todas as grandes civilizações do mundo, os Incas também explicavam suas origens com mitos e lendas e mostravam que o sol era o seu grande Deus. Tanto que construíram a famosa cidade de Machu Picchu sobre montanhas tão altas, que ninguém conseguiu achá-la até que chegasse Hiram Bingham (um professor norte-americano ao estilo Indiana Jones) que a (re)descobriu em 1922.

Talvez por isso não tenha sido suficiente construir quartos em formato de cápsulas de vidro na parte de baixo dos picos andinos nas montanhas do Vale Sagrado, mas sim a 400 metros de altura, penduradas em uma montanha com vista para o rio Urubamba que corta o vale, no Peru.

Fotos Divulgação

Quando cheguei na base da montanha que abriga as cápsulas, me lembro de ter pensado se metade da altura já não seria o suficiente, enquanto vestia os equipamentos de segurança para fazer a ascensão. Porque para chegar até lá (talvez maior a aventura da subida que efetivamente dormir dentro dos módulos) é preciso escalar através de uma clássica via ferrata, passando por uma ponte suspensa, feita por apenas dois cabos de aço. É alto sim, porém seguro.

Além de os equipamentos de segurança serem de extrema qualidade e checados a todo momento, um responsável sobe com você até a “porta do seu quarto”. Todos recebem previamente um treinamento para lidar com o equipamento de transporte, não somente da subida, mas entre a cápsula principal da base (onde são servidas as refeições) até a sua. O acesso aos quartos se dá por uma escotilha localizada na parte de cima da cabine. O peso máximo para fazer a travessia de cada hóspede é de 120 kg.

São três cápsulas completamente transparentes feitas de alumínio aeroespacial e policarbonato resistente que possuem 7,5 metros de comprimento por 2,5 metros de altura, penduradas por cabos fixos de aço. Dentro, uma cama de casal bem confortável, travesseiros, edredom, mesa para jantar e banheiro, separado do resto do ambiente do quarto. As cápsulas dispõem de seis janelas e quatro dutos de ventilação para manter a circulação do ar de maneira adequada. A iluminação das cabines é feita por painéis ecológicos que armazenam energia em baterias que alimentam luminárias no interior da cápsula.

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A vista é inacreditável, impactante. Abaixo o rio Urubamba em meio às montanhas verdes do Vale enquanto no céu, um pôr do sol e a via láctea a olho nu. E ainda com um cardápio típico peruano para o café da manhã e jantar com carta de vinhos para acompanhar a vista.

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