Peru declara emergência ambiental após derramamento de petróleo

Sede da Petroperu em San Isidro, em Lima, no Peru
Sede da Petroperu em San Isidro, em Lima, no Peru Foto: REUTERS/Mariana Bazo

O governo do Peru declarou nesta quinta-feira uma emergência ambiental em uma área costeira do norte, onde a empresa estatal de petróleo Petroperu derramou no último fim de semana um carregamento de petróleo nas águas do Oceano Pacífico.

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Um navio que realizava manobras de pré-embarque causou o derramamento no sábado em um terminal da refinaria peruana de Talara, no norte do Peru.

A Petroperu não informou a quantidade de petróleo derramado no mar, mas o órgão ambiental peruano OEFA disse em um relatório preliminar que o derramamento afetou cerca de 10.000 metros quadrados de superfície de água do mar, e o Ministério do Meio Ambiente disse que afetou pelo menos sete praias, bem como a vida selvagem local.

O Ministério do Meio Ambiente do Peru disse que a emergência de 90 dias visa “garantir a gestão sustentável da área e a execução de trabalhos de recuperação e remediação para mitigar a contaminação ambiental

A Petroperu disse na quarta-feira que enviou brigadas de limpeza desde o momento do derramamento e coordenou com o sindicato dos pescadores e as autoridades locais para que as atividades econômicas e turísticas locais pudessem continuar normalmente.

A Petroperu disse em um comunicado que mantém pessoal de limpeza, barcos e drones na área afetada para “realizar o monitoramento preventivo para garantir a detecção precoce de qualquer eventualidade”.

Derramamento danificou plantas e animais costeiros no Peru

As autoridades locais disseram que o derramamento danificou plantas e animais costeiros, como caranguejos, enquanto os pescadores afirmam que o derramamento os impediu de trabalhar.

“Não podemos sair há seis dias”, disse o pescador Martin Pasos à rádio local RPP.

“É um caos, o que aconteceu em Lobitos. Até agora, não recebemos nenhuma resposta da empresa petrolífera”, completou o pescador do Peru.