Líder das Eliminatórias Sul-Americanas para a Copa do Mundo do Catar, a seleção brasileira fará seu jogo derradeiro nesta terça-feira, contra a Bolívia, podendo bater algumas marcas. Uma vitória garantirá à equipe do técnico Tite o título simbólico das Eliminatórias, fará com que o Brasil bata o recorde histórico de pontos da competição e, de quebra, deverá colocar o Brasil de volta à liderança do ranking da Fifa. Apesar de reconhecer a importância dos números, Tite diz que a seleção buscará a vitória pela consolidação do trabalho e para avaliar algumas estratégias de jogo.

Com 42 pontos, o Brasil está quatro à frente da Argentina e a apenas um de alcançar a campanha do rival nas Eliminatórias de 2002. Se vencer a Bolívia, a seleção não terá mais nenhuma chance de ser alcançada. Se tropeçar, ainda poderia ser ultrapassada pelos argentinos caso eles vençam o Equador e, depois, o clássico adiado do ano passado.

Tite, porém, diz focar apenas no desempenho do time. “Ficar em primeiro no ranking (da Fifa) tem significado, sim. Mas pra mim, particularmente, (o importante) é ver de novo a equipe jogar muito bem, é de novo ela conseguir estrategicamente passar por estas adversidades, ter seu futebol representado com qualidade técnica, de posse de bola”, disse Tite na última entrevista antes do jogo em La Paz.

O treinador ressaltou que o recorde de pontos, apesar de representativo, tem pouco resultado na prática. “É pelo trabalho, consolidação. O (Marcelo) Bielsa é um cara que eu respeito pra caramba, a Argentina fez uma grande campanha (nas Eliminatórias para a Copa de 2002) e aí ela saiu na primeira fase, num pênalti cometido pelo Heinze”, recordou o técnico. “É mais uma etapa de consolidação e evolução. Isso pra mim me fascina.”

ALTITUDE

Sobre o jogo com os bolivianos, Tite comentou que a altitude impede que a seleção imponha o mesmo ritmo de outras partidas. Por outro lado, ajudará o time a encontrar meios de se portar diante de adversidades.

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“Claro que não vai dar pra colocar o mesmo ritmo. Essa velocidade que a gente joga em casa ou em condições normais, lá não dá”, sustentou o técnico. “Não tem influência (na classificação), mas tem muita influência em termos de estratégia, naquilo que a gente pode retirar de melhor na equipe em cima das adversidades, da altitude, em cima de uma série de resultados que a gente não teve lá historicamente contra a Bolívia.”

O auxiliar Cleber Xavier disse que a ideia é repetir a atuação de 2017, mesmo que na ocasião o jogo tenha encerrado com placar em branco. “A gente traz muito a estratégia que a gente trouxe das Eliminatórias passadas. A gente fez um grande jogo, não proporcionando à Bolívia as finalizações de média (distância) – eles tiveram oito finalizações e apenas uma no gol, a média que estão tendo agora é de 15 finalizações no gol. Conseguimos lá, com todas as dificuldades, 19 finalizações. Então a gente fez um jogo de posse, da nossa característica de pressionar. A gente fez um jogo de tirar os cruzamentos, que é um forte da Bolívia na altitude”, pontuou Cleber.


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