ROMA, 25 MAI (ANSA) – Um nome feminino, “Mummia”, descoberto em escavações no sítio arqueológico de Pompeia, no sul da Itália, pode jogar nova luz sobre os proprietários de uma grande propriedade suburbana que chegava até a orla.   

A escrita está em uma parede pintada de preto e que também exibe uma delicada flor branca ao lado de folhas verdes, na altura de uma criança. Segundo os arqueológicos, o nome pode indicar uma ligação com os Mummii, uma importante família romana que, até então, nunca havia sido relacionada a Pompeia.   

O sítio arqueológico reabre suas portas para o público nesta terça-feira (26), mas as escavações foram retomadas há alguns dias, especialmente em uma área situada fora dos muros da antiga cidade romana.   

Os trabalhos estão revelando paredes e pinturas que indicam a existência de um grande e refinado complexo semelhante à célebre “Villa dei Misteri” (“Vila dos Mistérios”), uma das construções mais impressionantes de Pompeia.   

“Todos os elementos nos fazem pensar em uma importantíssima vila suburbana, imponente e voltada ao mar, tão rica a ponto de hospedar em seus estábulos cavalos de raças nobres ornamentados em bronze”, diz à ANSA o diretor do parque arqueológico, Massimo Osanna.   

A residência pode ter pertencido a um general, a um magistrado militar de alto escalão ou a um expoente dos Mummii, como indica a grafia de criança em uma das paredes da casa – o achado está sendo analisado pelo epigrafista Antonio Varone.   

Após a conclusão das escavações, que devem custar 2 milhões de euros, a residência será incluída no itinerário de Pompeia e aberta ao público.   

O parque arqueológico é a terceira atração mais visitada da Itália e recebeu 4 milhões de pessoas em 2019, segundo o Ministério dos Bens Culturais, atrás apenas do Coliseu de Roma (7,5 milhões) e das Gallerie degli Uffizi, em Florença (4,4 milhões). (ANSA)