A S&P Global Ratings justificou a perspectiva estável para a nota BB do Brasil citando a expectativa de “progresso lento” na gestão dos desequilíbrios fiscais e a perspectiva fraca para o crescimento econômico. A agência, por outro lado, ressaltou que estes pontos negativos são contrabalançados por uma posição externa forte e pelo efeito da política monetária na ancoragem das expectativas de inflação.

No comunicado, a instituição acrescentou que a arquitetura institucional da maior economia da América Latina deve sustentar uma postura pragmática na formulação de políticas macroeconômicas. “Esperamos uma correção fiscal muito gradual, mas antecipamos que os déficits fiscais irão permanecer elevados”, ressalta.

A S&P projeta um déficit geral em média de 6,2% do Produto Interno Bruto (PIB) entre 2023 e 2026, diante dos desafios no cumprimento de promessas eleitorais, altos custos de juros, níveis baixos de gastos discricionários e um sucesso apenas gradual das medidas tributárias de aumento da arrecadação.