Personalidades lamentam morte de Sebastião Salgado

SÃO PAULO, 23 MAI (ANSA) – Artistas, políticos e outras personalidades lamentaram nesta sexta-feira (23) a morte de Sebastião Salgado, considerado um dos principais fotógrafos do mundo.   

O brasileiro morava em Paris há muito tempo e desde 1990 parou de fotografar pessoas para focar seu trabalho em compromisso social, prioridades ambientais e sustentabilidade.   

O vice-presidente Geraldo Alckmin disse que, “com suas lentes, Salgado nos revelou as belezas e injustiças do mundo, congeladas em seus registros fotográficos. Uma celebração da vida e da natureza e um chamado à ação consciente, em prol de um mundo inclusivo e sustentável”.   

“Neste momento de dor, transmito meus sentimentos e orações aos familiares e amigos desse grande brasileiro, cujo trabalho seguirá nos inspirando”, acrescentou o ministro do Desenvolvimento do governo de Luiz Inácio Lula da Silva.   

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, também lamentou: “Eu perdi um amigo. O Brasil perdeu um dos maiores expoentes da fotografia mundial. A morte de Sebastião Salgado deixa uma lacuna irreparável no jornalismo brasileiro. Descanse em paz, companheiro”.   

Já a ministra da Cultura, Margareth Menezes, disse ter recebido a notícia da partida de Salgado “com imensa tristeza” e destacou que “sua lente capturou a alma do mundo, com olhar humano, poético e profundamente transformador”.   

“Meus sentimentos à família, aos amigos e a todos que o admiravam”, acrescentou a também cantora.   

Por sua vez, o autor de novelas Walcyr Carrasco enfatizou que ” Salgado não foi apenas um fotógrafo, ele foi um narrador da humanidade”. “Com sua lente sensível e poderosa, nos mostrou a beleza, a dor, a resistência e a dignidade dos povos ao redor do planeta. Obrigado por enxergar o mundo por nós, Sebastião”, escreveu no X.   

O ator Bruno Gagliasso destacou que o fotógrafo era um “grande plantador de árvores”, fazendo referência ao fato de que Salgado assumiu uma empresa no Brasil na qual replantou mais de 2,5 milhões de árvores, recriando uma floresta na qual estão presentes 150 espécies.   

Laurent Petitgirard, secretário permanente da Academia de Belas Artes de Paris, e os membros e correspondentes da instituição francesa também expressaram o “profundo pesar” pela morte do “colega Sebastião Salgado”. (ANSA).