ROMA, 10 DEZ (ANSA) – Diversas personalidades do mundo do esporte lamentaram nesta quinta-feira (10) a morte do ex-atacante italiano Paolo Rossi, carrasco do Brasil na Copa do Mundo de 1982.
O ex-goleiro Dino Zoff, que atuou junto com Rossi na seleção italiana e na Juventus, afirmou que a morte do ex-companheiro de equipe foi como um “raio”. O ex-atleta ainda destacou que o “bambino d’oro” (“menino de ouro”) era uma pessoa “simpática” e “inteligente”.
“Não sei o que dizer, foi um raio do nada. Sempre tivemos uma ótima relação com o Paolo, ele era simpático e inteligente. Já faz um bom tempo que não tínhamos notícias um do outro, nos falávamos uma coisa ou outra, mas eu não achava que fosse tão sério. As conversas com ele eram maravilhosas, sempre muito simpático, tinha tudo para estar bem. Algo difícil de perceber”, disse o ex-goleiro para a ANSA.
O ex-atacante do Milan Daniele Massaro, que venceu a Copa de 1982 ao lado de Rossi, afirmou em entrevista à ANSA que está “sem palavras” e desejou que o ano de 2020 “termine logo”.
Através das redes sociais, o ex-centroavante Alessandro Altobelli e o ex-meia Giancarlo Antognoni, que também conquistaram o Mundial da Espanha ao lado de Rossi, lamentaram a morte de “Pablito”, como era chamado ex-jogador da Juve.
O ex-defensor Fulvio Collovati disse à ANSA que só foi campeão da Copa do Mundo por causa de Rossi e destacou que o ex-jogador era uma pessoa “simples”.
“É uma parte da minha vida que se vai. Devo a ele se ganhei uma Copa do Mundo, Rossi era uma pessoa simples e isso o tornava especial”, afirmou Collovati.
Outros ex-atletas como Filippo Inzaghi, Andrea Pirlo e Roberto Mancini prestaram homenagens ao “bambino d’oro”.
“Para quem, como eu, que queria ser um centroavante, você era uma fonte de inspiração. Rossi era meu ídolo quando criança.
Paolo, você ficará para sempre em nossos corações”, escreveu Inzaghi.
Rossi faleceu na madrugada de quarta para quinta-feira, aos 64 anos de idade.
O ex-atacante começou a carreira da Juventus, em 1973, mas antes de se tornar ídolo em Turim passou por Como, Lanerossi Vicenza e Perugia. Ele ainda atuou por Milan e Hellas Verona, mas sem destaque.
Com a camisa da Velha Senhora, Rossi faturou duas Série A, uma Copa dos Campeões, precursora da Champions League, uma Supercopa da Uefa e uma Copa da Itália.
Pela Azzurra, Rossi atuou em 48 partidas entre 1977 e 1986, marcando 20 gols. Depois de ter pendurado as chuteiras, o ex-jogador se tornou comentarista em canais esportivos, atividade que exercia até sua morte. (ANSA).