Marco Raduano, líder de um grupo mafioso italiano, descrito como “perigoso” de acordo com a lista da Europol das pessoas mais procuradas da Europa, foi detido na quinta-feira (1º) na ilha francesa da Córsega, informaram as autoridades locais nesta sexta-feira (2).

Raduano, de 40 anos, é o líder da “Società Foggiana”, grupo mafioso ativo na província italiana de Foggia, em Apúlia, no sul.

Seu braço direito, Gianluigi Troiana, foi detido em Otura, perto de Granada, no sul da Espanha, segundo comunicado da polícia.

Menos sofisticada que a ‘Ndrangheta calabresa, a Camorra de Nápoles e a Cosa Nostra da Sicília, a Foggia, também conhecida como “a quarta máfia”, é considerada uma das organizações mais violentas do país.

A detenção dos dois “perigosos foragidos representa um novo revés para a criminalidade”, afirmou o ministro italiano do Interior, Matteo Piantedosi, na rede social X.

Uma fonte próxima ao caso declarou à AFP que Raduano foi “detido discretamente” na quinta-feira à noite em Aléria, leste da ilha, quando jantava em um restaurante em uma jovem.

Segundo a fonte, o mafioso levava uma vida “modesta”. Ele utilizava documentos de identidade falsos e um veículo roubado, com placa falsa.

As prisões foram possíveis graças ao esforço da polícia italiana e à “cooperação com as forças de segurança da França e Espanha”, acrescentou Piantedosi.

Raduano fugiu da prisão de segurança máxima de Nuoro, na ilha italiana da Sardenha, em fevereiro de 2023, usando lençóis amarrados para escalar o muro.

Ele cumpria pena de 24 anos de prisão por integrar uma organização criminosa, tráfico de drogas, posse ilegal de armas e outros crimes, segundo a agência de cooperação policial Europol.

Em outro caso, ainda aberto, ele é acusado por dois assassinatos, cometidos em 2017, e pelos quais Troiano também está sendo processado, segundo a polícia.

A Europol também informou que Raduano estava no “topo” de sua organização criminosa e tinha um papel de “promotor, organizador e assassino impiedoso” do grupo mafioso.

Troiano estava foragido desde 2021, quando fugiu da prisão domiciliar. Ele cumpria pena de nove anos e dois meses.

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